EPÍLOGO

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Por Ruby

-Mãe, nós precisamos ir, comprar o presente pra Sarah—Nathan disse, com a voz afinada de criança, me fazendo sorrir.

-Tudo bem, vai vestir sua roupinha, e nós vamos, no shopping—pedi e ele assentiu, saindo a correr.

Ser mãe, não era uma tarefa fácil, principalmente, quando os filhos atingiam essa idade, cinco anos, para ser mais exata. Porém, não tinha nada que pudesse me deixar, mais realizada, e feliz do que, ter formado uma família, com o Allan.

Com quase seis anos de casado, eu podia admitir, que a vontade de quebrar algo na testa do marido, era grande, mas, tinha seus pontos altos, que eram maravilhosos, como, ter a companhia dele, sempre do meu lado, me acariciando, me escutando, e de certa forma, me aguentando. Pois, sempre chegava a época, que eu ficava, bem insuportável, e ele tinha que correr, pra comprar, as coisas que me satisfaziam.

Allan, assim como um excelente marido, ele era um excelente pai. Confesso que, as vezes, eu sentia ciúmes, dele e do Nathan. Quando se trancavam no quarto para fazer algo, eu podia ter a certeza, que não sairiam, tão cedo de lá. Mas, eu entendia, e achava lindo, a relação dos dois.

Respirei fundo, porque, estava cansada. Tinha passado a manhã toda, brincando com meu filho. O Allan, tinha ido para uma reunião, mesmo sendo sábado, então, fiquei sozinha em casa, com aquela peste de olhos castanhos, e sardas no rosto.

Ele tinha um mistura linda de nós os dois. O cabelo ruivo, puxado por mim, as pequenas pintinhas no rosto, que o deixavam uma graça, e a cara totalmente, estampada do Allan.

Se não fosse pelo cabelo, e pelas sardas, ninguém diria que, ele era meu filho.

-Já estou pronta, mamãe—ele avisou, vindo até mim, dando pulinhos, animados.

-Pega a chave do carro, pra mim, por favor—pedi, e ele foi o buscar, enquanto, eu arrumava a mochila dele, com algumas coisas, que ele sempre precisava, quando, íamos na rua.

Ouvi a porta de casa ser aberta, e um homem de olhos azuis, que sempre abalava minhas estruturas, passar por ela. Ele tinha um ar de cansado, e quando, ele passou as mãos pelo cabelo, suspirando, eu tive a certeza disso.

-Cansado, amor?—perguntei o abraçando.

-Muito, eu não aguentava mais, aquela reunião—ele respondeu, me dando um beijo, demorado.

-Eca—ouvimos a voz do Nathan, e rimos.

Voltamos o rosto para ele, que por sua vez, estava com a mão no rosto, tapando os olhos.

-Fala isso, agora—Allan disse rindo, e o pegando no colo.

Sua cara de cansado, se evadiu, ao ver o filho, fazendo seu sorriso aumentar. E eu sempre babava, com a cena, dos dois.

-Trouxe sorvete?—Nathan sussurrou ao pé do seu ouvido, mas, eu acabei ouvindo.

Allan somente assentiu, sorrindo travesso que nem ele.

-Eu ouvi, e pode ir desistindo dessa ideia. Esqueceu que ele passou mal, ontem?—falei pro Allan, e eles fizeram a mesma cara, de pidão.

-Por favor—Nathan pediu, com a voz fofa, tentando me convencer.

-Só um pouquinho—Allan entrou, no mesmo jogo do Nathan, me fazendo suspirar.

-Só um pouquinho, e somente depois, do jantar—acabei me rendendo e, eles festejaram.

Esses dois juntos, conseguiam me enlouquecer, e me fazer morrer de amores, na mesma intensidade.

-Agora vamos, Nathan, não quero demorar, por lá—falei para ele, que estava brincando, com a barba do pai.

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