*aviso* este capítulo tem trechos+18
E então eles se foram.
Era engraçado como a casa tinha ficado silenciosa. Não que antes dos meninos ela era barulhenta, ela sempre fora silenciosa mas a sensação que tive depois do almoço foi de vazio e de solidão.
Eu sempre fui sozinha, mesmo quando fui adotada pela família da Line eu me sentia um pouco sozinha.
Vivi ate os 6 anos em um orfanato onde a cada instante alguém me dizia que eu estava ali por que não era digna de amor e que ninguém nunca me amaria. Constantemente ouvia que ninguém me queria. Então sempre vivi no raso com as pessoas. Não me deixei realmente amar profundamente alguém e também nunca me senti fazendo parte de uma família.Eu eu grata pela família da Line, mas não queria dar trabalho para eles. Eu os amava mas era de uma forma diferente de amor envolvia muito mais gratidão e respeito. Eu sempre ouvia aquelas palavras na minha cabeça : "ninguém nunca vai te amar, você não nasceu para ser amada, ninguém te quer"
Isso eh uma coisa que fica na cabeça da gente mesmo despois de anos e os muros que erguemos não se desfazem tão rápidos. Eu tinha muros altos, nunca amei ninguém, já fiquei com vários caras e tive paixonites algumas vezes mas nunca deixei ninguém ficar por muito tempo por que eu sabia que no final eu acabaria ficando sozinha. Então eu preferia magoar do que ser magoada, abandonar do que ser abandonada.
Mas ali naquela cozinha com meu café depois de um tempo eu só conseguia sentir aquele aperto no coração e aquela sensação de abandono. Como eu tinha deixado alguém quebrar meus muros assim sem perceber? Primeiro com o Jungkook, era tão fácil com ele e depois um por um, Jin, Jimin, Suga, Tae, J-Hope, cada um deles me conquistou de uma forma inacreditável e depois havia ele, Namjoon ele tinha conseguido conquistar tudo em mim. Eu queria me estapear por isso. Era por isso que eu não deixava ninguém entrar, para não me sentir exatamente como eu estava me sentindo agora.
- Você esta bem, kitty? - Mamadi perguntou me tirando de meus pensamentos.
Eu a olhei por um tempo e senti um nó se formar em minha garganta, aquele desconforto em meio ao meu peito não queria passar. Massageei a tempora por um momento antes de responder.
- Eu não sei.
Foi só o que consegui dizer, ela se aproximou e sentou de frente pra mim, deslizou a mão por cima da mesa e apertou a minha mão que ainda segurava a caneca de café.
- Vou fazer um café quentinho para gente ok?- apenas assenti com a cabeça e soltei a caneca.
Ela foi em direção ao fogão e enquanto ela estava se preparando para fazer o cafe fiquei repassando mais alguns acontecimentos em minha cabeça e aquele incômodo no meu peito não queria passar, eu precisava erguer meus muros mais fortes ou iria acabar seguindo um caminho terrível.
- Quantas pessoas já tivemos nessa casa Louise? - ela me fitou por um momento antes de responder.
- Muitas, vc quer saber exatamente?
- Não entendo o que aconteceu nessa semana.
- Da pra perceber que você esta chateada mas se eu posso dar minha opinião você não deveria fazer isso que pretende.
- Do que você esta falando?
- Querida, eu te conheço muito bem e desde aquela maldita noite no restaurante você nunca me chama pelo meu nome quando estamos sozinhas. Você só faz isso quando quer afastar o carinho e o amor de perto de você. Aqueles meninos são fantásticos eles tem um dom de cativar as pessoas sem esforço e eu só tinha visto isso uma única outra vez vez. E esse dom eu só tinha visto em você, mas você não deixa as pessoas gostarem de você, você as afasta.
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Tudo Pode Mudar ※ Namjoon ※
FanfictionQuanto tempo é preciso para mudar os pensamentos e os sentimentos das pessoas? Anne só queria que o dia tivesse 48 horas para aproveita-lo ao máximo e preencher cada minuto com a dança. E não tinha tempo para se apaixonar. Pelo menos era o que pensa...