O cansaço começava a tomar conta de mim e fui ate a cozinha em busca de uma xicara de café. A seção de fotos tinha acabado de uma forma estranha. Eu deveria ter tomado um banho para relaxar mas ainda estava sentindo o cheiro do Rm em mim e era inebriante.
Depois da seção de fotos ele e o JK tinham ido para a sala de TV. Enquanto eu estava fugindo para a cozinha. Era patético eu sabia. Mas uma sala escura na presença do Rm me fazia hiperventilar só de imaginar a cena.
Fui ate a gaveta onde Mamadi tentava esconder os remédios de mim. Comecei a tirar vários tipos de remédio e colocar em cima do balcão: para dor nas costas, relaxante muscular, dor de cabeça, enxaqueca, estômago. De repente alguém fez um barulho na porta e quando ergui a cabeça pude ver o Suga. Ele estava com a vasilha de pipoca na mão e me olhava sem saber ao certo o que fazer. Ele entrou na cozinha com um sorriso meio tímido que formava um linha em sua boca. Assim que se aproximou do balcão colocou a vasilha em cima e apontou para a pilha de remédios que eu tinha colocado la.
- O que é isso? Vai tomar todos eles?
- Não estou procurando um para dor de cabeça. - constrangida peguei o de enxaqueca e joguei os outros na gaveta novamente. - E então precisam de mais pipoca?
- Acho que sim. Para falar a verdade eu dormi na maior parte dos filmes. Acho que já é o terceiro. Não me dou bem com essas maratonas.
- Você poderia ter ido fazer outra coisa.
- Pensei sobre isso, mas sua irmã parecia tão feliz por estarmos todos lá. - ele deu de ombros.
- Entendo, bom vou fazer mais pipoca e se quiser podemos voltar para la e ficar mais um pouco. Ou se preferir te faço companhia na sala de música. Preciso praticar uma pouco de piano.
- Por mais que sua ideia seja ótima, não sei. Você não ficou muito tempo com sua irmã.
- Acredite, com vocês aqui ela nem liga pra mim, nem deve lembrar que eu existo.
- É engraçado sabe, nos conhecemos muitos fãs, mas é estranho conviver assim tão próximo de uma. Ela sabe tudo sobre a gente é é um pouco desconcertante.
- Ela ainda não surtou? Não fez nada que pudesse me envergonhar não eh? - ele deu um sorriso e novamente deu de ombros.
- Ela esta feliz, o tempo todo sorrindo e por uma ou duas vezes vi ele chorando em silêncio para logo em seguida se recompor. Acho que ela esta se segurando.
Sorri com o comentário, Suga era observador. Mas ainda bem que a Line estava se segurando. Conhecendo ela isso era um grande milagre. Não por maldade mas a Line era super alegre e espontânea. Quando ela foi no show do bts ela simplesmente ficou rouca de tanto gritar. Eu imagino a sensação que ela deva estar. Eu já tive o prazer de trabalhar com um grande ídolo meu, qndo fiz a parceria com o Chad do Nickelback. Não tenho palavras para descrever a sensação. Mas a cima de tudo eles são pessoas comuns que gostam de práticar coisas comuns. E eu sabia bem como era isso.
A pipoca estava pronta. Tomei meu único remédio para enxaqueca e não pensei mais sobre o assunto pois sabia que remédios eram grandes problemas para mim apesar de muitas vezes não admitir. Novamente afastei o pensamento vergonhoso de que o Suga pudesse ter me visto tomando vários comprimidos. Ninguém precisava saber desse vicio e eu conseguiria me segura. Peguei um pouco de café e me voltei para o Suga novamente. Ele estava movendo os lábios olhando pra baixo como se estivesse cantando silenciosamente.
- Tudo bem Suga? - ele olhou parecendo perdido.
- Está sim me desculpe, eu estava pensando em uma musica que tinha começado a trabalhar.
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Tudo Pode Mudar ※ Namjoon ※
Hayran KurguQuanto tempo é preciso para mudar os pensamentos e os sentimentos das pessoas? Anne só queria que o dia tivesse 48 horas para aproveita-lo ao máximo e preencher cada minuto com a dança. E não tinha tempo para se apaixonar. Pelo menos era o que pensa...