Capítulo vinte e dois ✨

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Any Gabrielly.

Minha rotina voltou ao normal. Rony voltou para casa faz alguns dias e eu já estou morrendo de saudades dele. O que me conforta é que vou vê-lo em menos de um mês. Irei ver todos eles. Não vejo a hora desse dia chegar.

Estou concentrada em meu computador, finalizando as planilhas do mês quando a porta bate e eu levo um susto.

Beauchamp, que ficou fora a amanhã toda, senta em sua mesa e percebo que ele está irritado.

Acho engraçado que, quando estamos dentro do prédio, nosso ódio é eminente e faltamos só arrancar a cabeça um do outro. Mas, quando estamos fora, o ódio diminui. Não vou ser precipitada em dizer que ele passa porque não, não passa. Mas diminuiu bastante. Consigo até conversar com ele como se fossemos velhos amigos.

— Não teve uma boa manhã, senhor Beauchamp?

Pergunto sem olha-lo, mexendo em minha planilha.

— Desde quando isso te interessa, senhorita Gabrielly?

— Tem razão, não me interessa. Só estava querendo ser educada.

— Não precisa, não quero sua educação.

— Ótimo!

— Ótimo!

Ele bufa e começa a maltratar o teclado.

Cinco minutos depois, ele está mexendo em seus ombros, rodando-o para trás como se estivesse com dor.

Ele bufa novamente e eu me levanto, indo em direção a ele.

— Impossível trabalhar desse jeito, me dá licença.

— O que você vai....meu Deus, isso é bom!

Me posiciono atrás da cadeira dele e começo a massagear seus ombros.

Quando eu era pequena, gostava de dar massagens em mamãe e papai. Sempre fui boa com as mãos.

Hm...se eu falar isso em voz alta, soaria muito pornográfico?

Sinto os nódulos de tensão nos ombros de Josh e aperto mais minhas mãos ali. Ele treme um pouco, mas assim que os nódulos são desfeitos, ele geme de prazer.

Sim, ele gemeu e eu fiquei extremamente sem graça, mas não parei.

— Você tem as mãos de anjos, Any.

Ok, isso está ficando estranho.

— Pode repetir isso daqui a cinco minutos, quando eu estiver com meu celular enfiado na sua cara?

Pergunto voltando para o terreno que eu conheço.

— Vai sonhando!

Fico mais dois minutos ali e depois volto para minha mesa.

— Melhorou?

Pergunto sem olha-lo novamente.

— Sim, obrigada. Nunca achei que ia receber essa famosa massagem. Já posso morrer em paz.

Contraste | beauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora