Capítulo vinte e cinco ✨

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Any Gabrielly

Finalmente pude ver a grande faixa nos dizendo que tínhamos chegado no Texas. A cidade brilhante e cheio de pessoas com seus chapéus típicos, fez meu coração se encher de familiaridade.

Eu amava esse lugar. Eu estava em casa.

- Aqui é o Texas? Eu pensei que era uma cidade cheio de terra e mato.

Joshua me pergunta enquanto olhava curioso para todos os lados. Shivani se encontrava dormindo no banco de trás, eu até tentei, mas fiquei com pena de deixar Josh dirigindo sozinho e fiquei acordada junto com ele.

Não que ele me importasse, era só um gesto humanitário.

- Seu preconceito com cidades do interior é lindo.

Digo sem olha-lo, ainda vendo os lugares que eu conhecia bem passar por mim.

- Não! Pelo amor de Deus, não pense que é preconceito. Eu realmente achei isso, o que percebo que foi total ignorância minha.

- Relaxa, é que estamos no centro do Texas. Eu moro mais para o interior, LÁ tem terra e mato.

- As pessoas sempre andam de bota por aqui?

- A maioria sim. Texas tem um estilo único.

Digo orgulhosa da minha querida cidade.

- Por que você não se veste assim para ir trabalhar? Tem vergonha das suas raízes, senhorita Gabrielly?

Ele me pergunta e sei que está me provocando.

- Jamais, senhor Beauchamp. É que eu não sou burra de me vestir como uma verdadeira Texana tendo você colega de sala.

Ele tem a audácia de parecer ofendido e eu reviro meus olhos.

- A cidade é bonita.

Já está escuro e luzes brilhavam por onde a gente passava. Quando chegamos, Josh diminuiu a velocidade para conseguir admirar tudo o que podia.

- Sim, ela é linda.

- Estamos muito longe da sua casa?

- Não. Mais uns quinze minutos e chegamos lá. Está cansado de dirigir?

- Um pouco.

Ele diz e rola os ombros para trás.

- Sinto muito por isso.

Digo com verdade. Deve ser chato ficar horas atrás de um volante.

- Ora, ora! Senhorita Gabrielly preocupada comigo?

- Seu sonho, não é Beauchamp?

Ele sorri e eu também.

Será que nosso comportamento um com o outro vai mudar? Quer dizer, nos últimos tempos ele tem mudado. Eu não sei qual foi o estopim para isso, mas sei que mudou um pouco. Eu o odeio e ele me odeia, mas sei que, quando formos nos matar, não será mais uma morte torturante. Talvez seja quando um ou o outro estiver dormindo, para não sentirmos nada.

Sim, nosso relacionamento mudou com toda certeza.

Quinze minutos depois, estávamos entrando na estradinha de terra tão conhecida por mim. Olho empolgada por todo o lugar. Vejo a farmácia do seu Ansel, a padaria do seu Manoel, um português imigrante, vejo crianças brincando com uma bola e meu sorriso é imenso em meu rosto.

Contraste | beauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora