Capítulo dedicado à moonmakerlips
• Recomeço •
Elas finalmente entendiam o que tinha que ser feito. Jisoo não precisava mais manipulá-las para que encontrassem o caminho correto. Suas reencarnações de dor e tragédia iriam, finalmente, chegar ao fim. Sorriam, todas, ao pensar que o espírito de Rosé ainda vagava, revivia, esperando que elas não tivessem feito o sacrifício em vão. As quatro deusas iriam descansar.
Ficava relativamente mais simples de suportar a ira da própria traição quando se sabia a quê ela tinha vindo. A maldição era forte o suficiente para dar vida a cada erro que elas cometeram ao longo de suas tentativas. Isto é, cada inimigo, cada antagonista, tudo era fruto de seus próprios absurdos, de seus demônios internos. Nenhuma delas tinha uma segunda chance, então, por que se importariam com redenção?
Apenas os tolos e fracos querem ser perdoados.
― Jennie-ssi, acorde. ― escuta, sonolenta, sorrindo leve com o tom carinhoso que sua irmã mais velha utilizava para chamá-la.
Após suspirar discretamente, ela sai do táxi. Lá estavam todas: terra, água, vento e o amor que sentiam umas pelas outras ardendo como brasas inquietas dentro de si. Iriam fazer valer a pena. Iriam enfrentar o demônio que as aguardava naquele inferno infantil. Os monstros que criaram ali iriam vigiá-las. As lembranças que possuíam se apagariam. Não tinham escolha, não iriam errar. As três se entreolharam, respiraram fundo e começaram a subir a montanha. O palácio, ou melhor dizendo, a prisão lhes aguardava no topo.
Jennie respira fundo, tomando coragem. Confiava cegamente no poder de decisão de Jisoo, mas isso não a fazia ficar menos temerosa. Passou a presente trajetória sendo protegida e, ao mesmo tempo, deixada de lado. Todavia, entendia o porquê: os erros do passado caíam sobre as costas de quem os cometeu, Jennie precisava pagar pelas suas escolhas em outras vidas. Jennie estaria sempre perto de ter tudo, mas nunca alcançaria nada. Imóvel, como o barro seco deveria ser.
A pequena, frágil e ingênua musa da terra, da vegetação, da vida... ela segurava a mão de suas irmãs e subia a trilha, se esgueirava, abria caminho entre o terreno traiçoeiro que se revelava. A montanha, da mesma forma que fez quando elas fugiram, agora, em seu retorno, abria caminho para as deusas que se tornaram.
Jennie segurava o choro. No passado, ela berraria, reclamaria, pediria para Rosé segurar sua mão enquanto desciam o desfiladeiro. Roseanne sorriria, afagaria os cabelos castanhos da mais velha e depositaria um beijo em sua testa enquanto dizia que não tinha o que temer. Jennie lembrou que era sempre a ruiva que curava suas feridas, machucados e arranhões; ela sempre chegava no fim do dia, após o sol se pôr, com um sorriso aberto no rosto e rosquinhas açucaradas nas mãos. Rosé cuidava dela, abraçava.
Rosé dava o calor necessário para que seu sangue conseguisse circular.
Então, engolindo o choro como nunca fizera antes, Jennie olhou para o palácio que fugira anos atrás. Ela lembrou de seus sentimentos quando experimentou a crueldade do mundo por fora dos muros robustos que agora recobriam-se de musgo e fungos, acelerando a decomposição das paredes asquerosas. Nada seria pior do que voltar, mas aqui estava.
― Nós não erraremos desta vez, irmã.
• Roseanne •
roi
COMO VÃO MEUSAMORES :DDDDD
Queria deixar algo aqui que pode ajudar a entender a história.
Bom, alguns já perceberam, mas irei falar mesmo assim: EVIL é dividida em arcos. O primeiro arco, denominado como zero, é o início, a descoberta. Por esse motivo não há capítulo 1, 2, 3, etc. e sim 0.1, 0.2 e em diante. Não direi qual arco é o que e nem suas representações até o epílogo, que está chegando :c
O arco 3, como podem notar, será o último. Prestem atenção, pois os capítulos crescerão gradualmente na contagem de palavras e absolutamente nada do que escreverei nesse arco será em vão. Esse é o momento de grudar umas peças às outras.
Peço perdão pelo atraso, faculdade em ensino remoto arranca as prega do cu sem dó.
xoxo
ChasEvee
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EVIL - Blackpink
Mystère / ThrillerElas corriam, corriam e corriam. Era a única coisa que poderiam fazer. Quem um dia iria imaginar que tudo acabaria assim? Quatro meninas que tinham poder demais deveriam ser mantidas em segredo, deveriam ser ensinadas a usá-los da maneira correta. M...