Capítulo 19

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Ouço o despertador do celular de Peter tocar. Ele o desliga e se levanta. Eu sequer abro os meus olhos. Ouço quando ele sai do quarto, mas não ouço quando ele volta, então sinto seus braços sobre mim.

- Hora de acordar, mocinha. – ele diz no meu ouvido.

- Hummm. – eu resmungo.

- Vamos, Covey, a gente não pode chegar atrasado.

- Só mais cinco minutos... – eu peço, enquanto me aconchego no seu lençol.

Ele então se deita na cama e entra em baixo do lençol. Eu estou nua, mas sinto que ele está de calças.

- Se você não se levantar logo, vou achar que está querendo outra coisa...

Ele diz enquanto beija o meu pescoço.

- Você não cansa? – reclamo. – Deixe-me dormir em paz!

Seu sorriso faz cócegas em meu ouvido.

- Vamos, Lara Jean, eu disse ao seu pai que estaríamos lá no horário marcado. – ele pede, se senta na cama e me puxa até que eu me sente, contra a minha vontade.

- Você não disse a ele que ia me deixar acordada quase a noite toda, disse? – eu reclamo.

- Nossa, Covey, você acorda de mal humor! Ainda bem que descobri isso antes do casamento.

- E quem disse que eu vou querer me casar com você? – eu provoco, enquanto me levanto enrolada no lençol.

Ele me puxa para o seu colo e me beija.

Reparo que ele está com os cabelos molhados e cheira ao seu desodorante. Também percebo no beijo que ele já escovara os dentes.

- Essa foi a melhor noite da minha vida. – ele diz, enquanto ajeita os meus cabelos para traz. Nesse momento eu prefiro nem imaginar o quanto estavam assanhados.

Encosto a cabeça em seu peito nu, lembrando-me de todos os momentos íntimos que vivemos na noite anterior.

- A minha foi anteontem. – eu discordo.

Ele sorri novamente. Como eu imaginava, ao contrário de mim, Peter Kavinsky era uma pessoa que se acordava de bom humor.

Peter me desenrola do lençol e pega o meu vestido que está jogado no chão. Eu levanto os braços enquanto ele me veste. Depois ele pega a minha mochila e me entrega.

- Você tem dez minutos para se arrumar, senhorita.

Olho para ele contrariada e saio do quarto. Caminho até o banheiro, que fica ao final do corredor.

Tomo um banho rápido, escovo os dentes e me visto no banheiro, para evitar que a mãe de Peter me encontre no corredor apenas de toalha. Visto uma calça jeans e um suéter amarelo. Penteio os cabelos para trás e faço um rabo de cavalo.

Olho no espelho e percebo que estou com um pouco de olheiras, então passo corretivo para disfarçar e um gloss nos lábios.

Quando volto para o quarto, Peter já está pronto, vestido com uma calça preta e uma blusa de botões azul. Lembro-me que ele tinha vestido aquela blusa no Natal.

Dizer que ele estava lindo era muito pouco.

- Por que você está tão arrumado? – pergunto, enquanto calço o meu tênis.

- Não sei, eh... – ele dá de ombros, um pouco sem jeito. – Não sabia o que vestir...

Naquele momento sinto meu mau humor matinal indo embora, porque ele parecia realmente ansioso para nossa consulta.

Toda sua, Lara JeanOnde histórias criam vida. Descubra agora