From skin to soul

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O CAPÍTULO CONTÉM NARRATIVA DE CENAS FORTES. SE VOCÊ É SENSÍVEL A ISSO, NÃO LEIA.

- o que fizeram comigo? Minha voz sai falha e minha garganta dói. Sinto meu nariz arder e as lágrimas se acumulam, prontas pra caírem.

- você disse que voltaria pra finalizarmos aquilo. Lembra? Wood segura meu rosto com apenas uma mão e aperta. Deixo as lágrimas caírem.

- me estuprou? Ele me solta e caminha até a janela novamente.

- essa palavra é nojenta. Apenas fiz o que você disse que faríamos. É uma pena que estava dopada.

Suas palavras me causam dor e nojo. Antes que eu possa me controlar, sinto ânsia de vômito, mas nada sai. Meu estômago está vazio.

- para de ser porca.

Wood caminha até mim e um tapa vira meu rosto. Minha bochecha dói e eu não consigo sair daqui. Droga.

- por favor... Me deixa ir embora. As lágrimas caem, deixando meu rosto molhado e vermelho. Me sinto fraca e meu corpo inteiro está dolorido.
Se eu estou nesse lugar é por culpa de Harry e sua máfia.

Ele não é capaz de me tirar daqui. Precisou da minha ajuda para que eu roubasse o pendrive e agora me deixa aqui. Ele não tem capacidade e nem culhão pra entrar nessa casa e me tirar daqui. Mas qual motivo ele teria pra me ajudar?

- Esther Fernandez... Filha do governador. Me parece bom, não? Posso ouvir sua risada sarcástica e meu estômago revira.
Não quero responder a nada que ele me pergunte. Mal tenho forças pra isso.

- entendo que não queira falar. Ele se coloca a minha frente novamente e cruza os braços. Tenho bons planos pra você. Ninguém vai te procurar, por isso aproveite bem seu descanso.

Wood amarra um pano em volta da minha boca novamente. Ele se aproxima e deixa um selinho. Tento virar o rosto, mas ele o segura forte.

- até mais tarde. Ele sussurra e sai do quarto, me deixando no escuro novamente.

Não há como fugir daqui. Tem uma janela, e parece estar no primeiro andar, mas não tem como chegar até lá. Meu corpo está tão fraco, que mal poderia correr daqui.
Esse é o meu destino? Ser aprisionada minha vida toda? Morrer sem ao menos ter vivido?

***

As horas passaram lentas e torturantes. Meu estômago não para de roncar, e se eu não comer logo, vou desmaiar.
Meus olhos pesam e dormir é a única forma de não sentir dor. Mas Wood resolve dar o ar da sua graça novamente.

- com fome? Ele se põe em meu campo de visão e caminha até a janela. Ele a abre e posso confirmar que é o primeiro andar. Da pra ver o quintal. Wood está fumando e olha pra fora. Já é noite.

- bastante. Minha voz sai baixa e é quase inaudível por causa do pano que se mantém em minha boca.

- já vamos comer. Temos companhia e eu espero que se comporte. Mas antes ...

Wood lança seu cigarro janela á fora e caminha até mim.

- vamos no quarto ao lado. Não me cause problemas ou eu mato você.

Minha respiração pesa, meu coração está acelerado e me sinto tonta. Ser estuprada inconscientemente é horrível sim, mas sentir tudo isso... Eu não posso imaginar.
Meu corpo se debate na cadeira, meus gritos são abafados pelo pano. Minha cabeça balança em negação, e as lágrimas voltam a cair.

- cale essa boca. Wood soca meu rosto e eu desmaio.

"- não grita, gata."

"-Você é tão boa."

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