O Vendedor De Jornais • JJK ° +18

Capítulo 1 (SOZINHA)

Antes de começar a ler, saiba que essa fica possui gatilhos: estupro, assassinato, violência e palavras de baixo calão.

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NÃO ROMANTIZEI ABUSO NEM NADA DISSO, PELO AMOR DE DEUS! EU ODEIO ISSO!!!!

Haverá diversas revelações, surpresas, muito carinho e romance hihi. Espero que goste!

INSPIRAÇÃO: O Estranho - ASMR Biscoito.  
Antes de tudo, algumas situações estarão iguais, admito, mas a história toma um novo rumo, o meu roteiro. Continuei e finalizei do meu jeito.
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S/n ON

— Depois arrume tudo — Diz minha mãe, Gizele, ao terminar de comer e colocar o prato na pia. O mesmo faz meu pai, Antônio, depois de alguns segundos.

Aish, o que custa lavar logo seu prato assim que termina de comer? Mas fazer o que, já virou rotina!

Estressada levanto da mesa e começo a lavar a louça, na qual se encontrava cheias de panelas, copos e três pratos. A única coisa que minha mãe faz por mim, é me alimentar. Meu pai, não faz nada! Nunca me deram um beijinho de boa noite ou disseram "Eu te amo".

Desde pequena soube que não deveria ter nascido. Noites sem dormir, pelo simples fato de saber que meus pais sempre me odiaram. A culpa não é minha!

Passava a bucha com sabão pelo copo de vidro, mas acabo deixando o objeto escorregar da mão e cair fazendo um pequeno estrondo. Sem pensar muito, tento agarrar os cacos de vidro, mas corto minha mão. Um corte meio profundo. Rapidamente escuto passos...

— Pronto! Além de arruinar minha vida quer acabar com a minha cozinha? — diz minha "mãe"

— Arrume logo isso, Sn!

— Não sou empregada de vocês. Se ambos não perceberam, cortei a PORRA da minha mão, e agora ela está ardendo e sangrando.

— Tem um quite de primeiros socorros na dispensa. E eu não ligo pro que você é ou não da gente, mas sei que você é nossa filha, e filhos obedecem os pais. ENTÃO ARRUME LOGO ESSA BAGUNÇA, SN!

— Desde quando vocês agiram como meus pais? VOCÊS ESTÃO ALUSINADOS. E eu não vou arrumar nada! Cansei... — Caminho para fora de casa escutando as reclamações dos mais velhos.

O dia estava frio e o céu estava nublado, perfeito para se perder em pensamentos e cair em lágrimas, mas não irei mais fazer isso. Não irei chorar por aqueles desgraçados e pela minha vida de merda!

Algumas horas depois...

Chego em casa e vou direto para cozinha pegar um copo d'água para beber, e lavo o ferimento da minha mão na pia.

— Awn Aish! — Solto um pequeno gemido de dor.

Vou para dispensa a procura do quite. Assim que o encontro vou para meu quarto. Limpo a ferida e ponho dois band-aid. Suspiro ao me jogar na cama. Encaro o teto, me perco em pensamentos, mas escuto... Gemidos. Não seria a primeira vez. Se minha mãe engravidar e agir da mesma forma que age e agiu comigo, eu mesma cuidarei da criança. Não permitirei que ela faça tudo de novo e ainda culpar o ser inocente por ter nascido.

Agora sempre me pergunto "Por que ela não abortou?". Pelo meu conhecimento por ela, a mesma é muito frouxa e não gosta de sentir dor.

Claramente minha infância não foi boa, mas tenho certeza que foi uma época que ninguém gostaria de passar. Aos meus 8 anos, fui estuprada por um desconhecido. Na época ele parecia ter uns 18 ou 20 anos. Meus pais sabem, e nunca ficaram ao meu lado quando mais precisei, mas eu mesma cuidei de mim.

Quando percebo, estou chorando, com tremores pelo corpo e um aperto no coração. Minha ansiedade está atacando, e esses gemidos não estão ajudando. Começo a ficar com falta de ar.

— S-Sn você não vai c-cair ago-agora! — levanto da cama e caminho para janela respirando o ar da cidade. Fecho meus olhos e sinto o vento bater em meu rosto. Aos pouco vou me acalmando e aproveito para tentar dormir, já que é a única coisa que gosto de fazer. Assim esqueço tudo, os problemas somem...

Sempre me levantarei sozinha...
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Desculpa por qualquer erro de digitação.

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