[CONCLUÍDA]
Dezoito anos sendo rejeitada, humilhada e não tendo alguns privilégios que uma filha deveria ter. S/N aguentou esse tempo todo junto aos seus pais que a maltratavam. A mesma não tinha culpa dos mais velhos serem irresponsáveis, a ponto d...
Dois meses se passaram. As coisas não mudaram tanto. Consegui um emprego onde eu ajudo um mecânico, mas não abandonei o restaurante, ainda trabalho lá como garçonete; o Nam e o Jin estavam ficando, sim eles são bissexuais, a jisoo parecia bem sozinha e sobre o Jungkook... A última vez que nos vimos foi na festa da Laine.
O meu chefe mecânico se chama Park Jimin. Ele é um fofo. Faziam três semanas que trabalhava com o mesmo.
— S/N pega a chave de fenda, por favor. — Afirmo com a cabeça e vou em direção prateleira.
Estico minha mão e pego a ferramenta. No mesmo instante, um carro luxuoso chega e estaciona dentro da grande garagem. O motorista sai do veículo.
— Iai, Jeon!
— Oi, Jimin-shi. Preciso de sua ajuda, o carro deu aquele problema de novo!
— Antes, deixa eu te apresentar minha nova assistente. Vem cá, S/N! — O mesmo me chama empolgado.
Com passos hesitante me aproximo.
— Você só pode está me seguindo... — Digo com a voz um pouco baixa, mas foi o suficiente para ele escutar.
— Infelizmente o destino te coloca no meu caminho. — Diz de forma rude.
— Então, vocês já se conhecem?! Que legal.
— Toma, Jimin. — Lhe entrego a chave de fenda.
— Bem, Jungkook, espere um pouco por favor, já estou terminando aqui. — Eu lhe dou uma ajuda e em poucos minutos terminamos de concertar o freio da moto de um cliente.
— Bom, deixa eu ver... — O mecânico analisa o carro. — Não vai demorar para reparar os erros, se você quiser esperar...
— Hum...tudo bem — Fala e se senta na cadeira.
Jimin trabalhava com agilidade e eu lhe ajudava quando o mesmo pedia. Mas nossa atenção se prende a uma Moto que estaciona.
O motociclista retira o capacete.
E-eu pensei q-que tinha me livrado dele, pensei que não o veria de novo como desejava, pensei que estava segura do meu pesadelo...
Minhas mãos tremem assim como meus olhos que ardiam, avisando que iria chorar a qualquer momento.
Dou passos para trás e bato na parede.
— Sehun, como posso te ajudar? — Pergunta Jimin
— Jun-Jungkook... — Minha voz sai sem força.
— O que você está fazendo aqui? — Pergunta o homem do nome que pronunciei.
— Oi, Cabelinho. Quanto tempo! Vim fazer uma visita a sua namoradinha, certo? — Em passos firmes, Jungkook se aproxima de mim e fica em minha frente como um escudo.
Meus batimentos cardíacos estavam acelerados. Eu estava apavorada.
Por que meu destino me traz algo que nunca mais queria ver por perto?
— Sai daqui, Sehun! — A voz do jovem a minha frente se altera.
— Que foi, gente? Pelo amor de Deus, não vão começar uma treta aqui não!
— VAZA!
— Calma, Cabelinho, fica na sua. Meu objetivo é ela, assim terei vingança em dobro, hum? — JK parte para cima de Sehun.
Sua força me surpreende, pois com apenas um murro, o canalha cai no chão.
— Eu mandei ir embora e deixe ela em paz! — Dizia com um pé em cima do peito do criminoso.
— Vai proteger a princesinha?
— EPA VOCÊS DOIS, SAIAM! AGORA, OS DOIS! — Jimin aumenta seu tom de voz.
Jungkook se afasta de Sehun que levanta, arruma sua jaqueta jeans e parte com a moto.
Meu coração por alguns segundos se alivia. Minhas pernas vacilam e tombo no chão tentando recuperar o ar perdido.
Sinto suas mãos quentes em meus ombros, me passando segurança.
— ME EXPLIQUEM O QUE ACABOU DE ROLAR AQUI! — Meu chefe diz nervoso pelo ocorrido. Se Jeon não tivesse se controlado, provavelmente essa mecânica estaria com ferramentas quebradas e espalhadas pelo chão.
Jungkook me levanta.
Rodeio meus braços por meus peitos e ombros, fechando meus olhos em seguida.
Por que nunca tenho sossego?
Minhas lágrimas quentes escorriam por minhas bochechas.
— Ele voltou... — Digo com a voz embargada. — Ele vai me pegar, ele vai abusar de mim, novamente, ele vai... — Cesso a fala por ser surpreendida pelos seus braços confortáveis e fortes me abraçando.
Jungkook põe o queixo no topo de minha cabeça, acariciando os fios de meu cabelo.
— Ele não vai fazer nada, boneca... Estou contigo, entendeu, hum? — Confirmo rapidamente com a cabeça e lhe abraço, o apertando mais, porém permito que minhas lágrimas caiam livremente.
Por que me sinto segura em seus braços, Jeon?
Por que fico bem com alguém que está comprometido?
Por que esses braços não me pertencem?
Por que você não me pertence, Jeon Jungkook?
Não sei exatamente se fiz o certo quando te deixar igual uma covarde medrosa. Não sei o que mais dói, se é o fato de você ter se dado bem na vida sem minha ajuda, somente sozinho ou me machucar por ter me separado de você e quando te encontro...tem outra em meu lugar.
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GOSTOSOS !
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