S/N on
Caminho pelas ruas. Cada passo uma lágrima. Horas e horas se passaram e finalmente cheguei ao meu destino. Bato na porta.
— O que você tá fazendo aqui, garota?
— Nossa, oi mãe, quanto tempo! Senti saudades... — Entro na casa esbarrando em seu ombro. — Cadê o Antônio?
— O que você quer? — A mesma se aproxima e agora pude perceber o volume da sua barriga.
— Vo-você tá grávida? — A mesma põe a mão no local acariciando.
— Infelizmente sim — Solta um longo suspiro. — Pra que esse ser surgiu aqui dentro!
— A CULPA NÃO É DESSA CRIANÇA! A CULPA É SUA E DAQUELE FILHO DA PUTA.
— OLHA BOCA! PRA QUE VOCÊ VOLTOU?
— Quero dinheiro para eu comprar uma mochila, vou embora definitivamente.
— E como conseguiu sobreviver esse tempo sem nada? Aish, não me importo. — A mesma sai e depois de um tempo retorna com meu pai.
— Tome logo isso — O mesmo me dá uma cédula de 100.
— Nossa, primeira coisa que peço e vocês me dão sem reclamar.
— Pode ir agora. — Diz meu pai, mas não lhe dou ouvidos. Vou para a cozinha e como um prato de comida e algumas besteiras. Quando minha barriga está cheia, volto para sala onde o casal estava sentado no sofá assistindo a TV.
— Antes de ir quero avisar que quando essa criança nascer, me liguem. Não a deixarei aqui com dois adolescentes imaturos. — Pego a caneta que havia em cima da bancada, agarro a mão de Gisele e anoto meu número. — Não se esqueçam. Vocês deveriam pelo menos agradecer, né? Mas enfim, se não querem mais filhos, façam uma cirurgia, retire a merda de seu útero. Se previnam, crianças. — Os mesmo me olhavam incrédulos, mas não falaram nada.
Saio daquela prisão infernal. Incrível que só de entrar nessa casa, me sinto sufocada.
Procuro uma loja de acessórios.
Horas depois...
Consegui achar uma mochila barata, comprei algumas roupas e alguns alimentos. Sobrou uma pequena quantia, mas consigo sobreviver. Depois de terminar isso tudo, descido ir a procura de um emprego.
Esquento andava, vi um anúncio na parede de um restaurante anunciando que precisavam de garçons e cozinheiros. Vai que né...
Adentro o mesmo e paro na recepcionista.
— Licença...
— Boa tarde, o que deseja?
— Eu vi o anúncio ali na frente, queria saber se poderia fazer o teste de garçonete.
— Ok, como se chama?
— S/N.
— Só um minuto. — A mesma pega o telefone e disca um número. — Alô, Kim Namjoon, tem uma moça aqui, chamada S/N, querendo fazer o teste de garçonete, permito sua entrada?...... Ok — Ela desliga a ligação. — Me siga.
— A sigo entrando na porta afastada das pessoas que comiam.O local era uma cozinha enorme e do outro lado tinha o freezer e uma despensa.
— Aqui está ela, senhor! — Um cara alto, sorrindo com suas covinhas amostra se aproxima.
— Olá, senhorita S/N, certo? — Afirmo com a cabeça sorrindo simpática. — Hoje a noite às 22:00, volte aqui e poderá fazer o teste.
— Ok...
Me retiro do local. Onde eu vou esperar? No relógio de meu celular marcava 19:00, tenho 3 horas pela frente, mas tenho que ter cuidado. Não posso ficar moscando.
Como será que ele está? Eu devia me envergonhar por me perguntar isso, até porque fui eu que quis me separar.
— Me desculpa, JK... Mas tenho que começar uma nova fase sozinha.
Jeon Jungkook on
Assim que ela saiu, fiz de tudo para não chorar, não me permitirei derramar lágrimas por ela novamente. Fui sozinho por 2 anos, posso aguentar mais alguns pela frente.
Me jogo no sofá encarando o teto.
— Se eles te pegarem, S/N, não irei te ajudar. Você permitiu que meu pesadelo voltasse, então irei permitir que o seu volte.
Inspiro o ar e sinto o seu cheiro.
— Por que diabos seu cheiro continua impregnado no sofá!? — Me levanto, a raiva já estava me consumindo. Vou para cozinha, pego sabão e um copo d'água e jogo no sofá. Esfrego até não sentir mais o delicioso aroma. Depois de enxaguar, tiro minha camisa e empurro o sofá até a pequena varanda.
Hoje irei dormir no chão.
9 meses depois...
.
CONTINUA...
OBRIGADA POR LER, ESPERO QUE TENHA GOSTADO E DESCULPA POR QUALQUER ERRO ❣️💗
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O Vendedor De Jornais • JJK ° +18
Romance[CONCLUÍDA] Dezoito anos sendo rejeitada, humilhada e não tendo alguns privilégios que uma filha deveria ter. S/N aguentou esse tempo todo junto aos seus pais que a maltratavam. A mesma não tinha culpa dos mais velhos serem irresponsáveis, a ponto d...