CAPÍTULO 36

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Boa tarde mundinho givy br!
Como estão? Espero que estejam todos bem.

Estamos na nossa reta final e pra aguçar a curiosidade de vocês, hoje é só um capítulo.
Vamos lá? 💛

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No dia seguinte ao barraco na porta da garagem, resolvi ignorar o que acontecera e seguir com a vida. Passou-se uma semana sem notícias de Ivy. Ela não dera sinal de vida e eu decidi que não ia correr atrás. Quantas vezes teria que provar meu amor para que ela acreditasse na minha inocência?

Eu não podia viver numa bolha para evitar contato com mulheres bonitas. Elas sempre estariam à minha volta. Aquele era o meu trabalho: fazer com que se tornassem ainda mais glamorosas do que já eram. Meu computador estava recheado de fotos femininas e nem por isso eu formataria o HD para sanar as inseguranças de uma namorada complexada.

Minha prima veio me visitar no fim-de-semana e estava realmente chateada com o fim do meu relacionamento com Ivy.

Manu: Você não vai nem sequer ligar para ela?

--Quem sumiu do mapa foi ela, não eu. Pra mim já deu o que tinha que dar.

Manu: E vão terminar dessa forma idiota, sem nem ao menos conversarem? Você se dizia tão apaixonada pela Ivy, mas não quer mexer um dedo sequer para fazer as pazes com ela. Está rifando a moça como se ela não significasse nada para você.

--Não é nada disso. – fiquei aborrecida com minha prima -- Quer parar de inverter as coisas e me culpar pelo que aconteceu? Ela não acreditou em mim, Manu. Preferiu aceitar a versão de que eu não passo de uma sacana que fica cantando as meninas e forçando a barra. Como se eu precisasse mesmo obrigar alguém a fazer sexo comigo. Chega a ser piada. Sou mais quente e gostosa que pãozinho fresco. Ninguém me resiste. Durmo com quem eu quiser na hora que bem entender.

Ela suportou bravamente meu acesso de orgulho ferido e deu um tempo para eu me acalmar.

Manu: Gi, pode até ser que ela tenha pisado na bola ao não te dar uma chance de se explicar, mas há de convir que você tem o dom de se meter em situações no mínimo controversas.

--E o que posso fazer? Não tenho culpa. Sou a verdadeira vítima nessa história toda.

Manu: Sei disso, meu amor. Mas também sei que você é a mais forte e resolvida das duas. Ivy tem anos de recalque provocado pela própria família. Talvez no fundo ela ainda pense “Ei, o que esse pãozinho quentinho está fazendo aqui comigo? Será que errou de padaria?”.

Não fiquei nem um pouco mais animada com a piada da minha prima.

--Depois dessa decepção toda, estou mais para pãozinho adormecido. – me joguei no sofá totalmente desolada.

Manu: Ligue pra ela, Gi. Diga mais uma vez o quanto a ama. E se for preciso, repita esta declaração todos os dias. Faça com que ela se convença de uma vez por todas que você não precisa de outra, que ela é a mulher da sua vida.

Não me convenci muito com aquilo, mas também não disse que não. Precisava analisar as possibilidades e decidir se valia à pena embarcar num relacionamento tão frágil, o tempo todo ameaçado pelos ciúmes de Ivy.

O que eu desejava mesmo era que ela me ligasse para dizer que não me achava tão fútil e superficial e que nunca mais duvidaria de mim. Era meu direito estar magoada com a atitude dela. Depois de arriscar minha vida duas vezes para salvá-la, merecia um pouco mais de consideração.

Um amor improvável? GyIOnde histórias criam vida. Descubra agora