Capítulo 20

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Encarei ele e fiquei em silêncio.

F- filha, fala.

Respirei fundo.

- é sobre a escola né?

F- sim, seu técnico me ligou.

- não foi culpa minha.

F- Bianca, você foi pra cima da menina.

- mas ela teve culpa.

F- mas não pode sair batendo nos outros assim não.

- desculpa.

F- você não levou o calmante né?

- não.

F- e eu avisei para levar.

- pai, eu não sabia que isso ia acontecer.

F- mas pra tudo há possibilidades.

- oque falou pra ele?

F- que vou lá depois.

- hum.

F- olha, eu me preocupo muito com você, então dá próxima vez leva o calmante, ninguém vai te achar doida por isso.

- a mãe sabe disso?

F- não, ainda não contei.

- não conta, por favor.

F- mas ela precisa saber.

- ela vai brigar comigo por isso.

F- não vai, vou conversar com ela.

- tá bom.

Ele respirou fundo.

F- não faz mais isso tá?

- tá.

Ele ligou a tv de novo.

- posso sair para tomar um ar?

F- pode.

Peguei o celular e saí.

Atravessei a rua e bati na porta.

O Luiz abriu, me recebeu bem e falou que eu podia subir. Subi meio tensa pro quarto dela, bati na porta e ela abriu.

Ma- oi, entra.

Ela deu espaço.

- podemos assistir um filme ou sei lá, conversar sobre qualquer coisa?

Ma- você não tá muito bem né?

- não, como sabe?

Ma- você nunca pede pra assistir um filme.

Eu dei um sorriso fraco.

Ela ligou a tv e colocou um filme qualquer de comédia romântica, nos deitamos, implorei muito para ficar no canto da cama e por eu ser visita ela deixou.

Na metade do filme ela se aconchegou mais perto e deitou no meu peito, ficamos meio que abraçadas, aquela posição tava ótima e como sempre acabei dormindo.

Acordei sentindo o peso dela sair de cima de mim, abri um pouco os olhos e ela estava se levantando.

- o filme já acabou?

Falei coçando os olhos.

Ma- acho que sim, acordei agora.

Ela disse com uma voz de sono.

- eu também.

Ma- que horas são?

Peguei o celular e dei uma olhada na hora.

Miami (em pausa) Onde histórias criam vida. Descubra agora