Capítulo 62

1.1K 83 35
                                    

Não tava muito de bom humor depois desse jogo mas tentei fingir estar tudo bem para ninguém perguntar o que aconteceu.

Entramos no carro e em minutos chegamos em casa.

O pessoal todo foi pra casa do tio Paulo porque ontem já tinham ficado aqui, aí resolveram revezar dessa vez.

Avisei pro meu pai que logo iria lá e entrei em casa.

Subi direto pro banho, não aguento ficar suada assim, da agonia.

Tomei um banho quente e relaxei o corpo.

..Tá Bianca, relaxa, a culpa do time ter levado aqueles gols não foi só culpa sua.. - pensei enquanto a água quente caía sobre meu corpo.

Mas se eu tivesse focado teríamos ganhado sem nenhum esforço..

- Oh céus! Para com isso.

Falei para mim mesma.

Respirei fundo e desliguei o chuveiro.

Saí do banheiro em direção ao Closet e peguei o primeiro moletom que achei. Depois de me vestir fui até a mesinha e peguei o calmante logo tomando um comprimido.

Me deitei na cama e fechei os olhos por alguns segundos, tentando afastar todos os pensamentos negativos sobre aquele jogo.

Ouvi a porta do quarto se abrindo e logo uma voz doce e inconfundível soou por todo o ambiente.

Ma- O que foi amor?

Abri os olhos e encarei ela que vinha em minha direção.

- Nada.

Ma- Bianca, querendo ou não eu te conheço muito bem, fala logo o que rolou vai.

Ela se sentou do meu lado.

- Tinha uma idiota no outro time, aí ela me provocou e eu quase perdi a cabeça, porém acabei dando um empurrão nela e depois não me concentrei no jogo e levei um esporro do Muca.

Ma- Eu vi a hora do empurrão..

Suspirei pesado.

- O time quase perdeu por minha culpa.

Ma- Nada haver, aquele tanto de jogadora no campo e quase perdeu por sua culpa?

- Foi.

Ma- Claro que não né Bianca, por mais que você seja uma ótima jogadora não foi só por sua culpa que o time vacilou no segundo tempo. - ela segurou minha mão e fez um carinho agradável. - Não se culpe pelo mal desempenho do time, você só se desconcentrou.

- Viu? Eu perco a cabeça muito fácil.

Ma- Não, você só tem a cabeça mais fraca para aceitar provocações, e você nem perdeu totalmente a cabeça.

Fechei os olhos e fiquei em silêncio.

Ma- Olha pra mim.

Ela pediu e eu a olhei.

Ma- Você foi ótima, pare de se culpar.

Ela deu um sorriso e se aproximou me dando um selinho demorado.

- Eu te amo.

Falei puxando ela para um abraço.

Ficamos naquele abraço por alguns segundos, e Mariany tem razão, não preciso me culpar tanto por isso...

Ela se afastou lentamente com um sorriso fofo nos lábios.

Ma- Ainda tá afim de sair? Podemos desmarcar se quiser.

Miami (em pausa) Onde histórias criam vida. Descubra agora