Capítulo 42

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- pô coroa, quer me matar é?

Falei colocando a mão no meu peito sentindo meu coração acelerado.

F- foi pra festa e chegou agora Bianca?

- não coroa, claro que não.

F- e tava onde?

- uma amiga me pediu ajuda com uma coisa de madrugada, aí fui ajudar ela.

F- que amiga?

- mais tarde a notícia vai chegar em você.

F- tô até com medo de saber que merda aconteceu.

Nós rimos.

- tá acordado essa hora pra quê?

F- sempre acordo esse horário.

- aé, esqueci.

F- vou fazer um café.

- vou tomar um banho e desço pra tomar café com você.

F- tá, vai querer forte?

- claro.

Falei e subi pro quarto.

Tirei a roupa e tomei um banho rápido, depois me arrumei e desci de novo.

F- acabei de colocar seu café.

- valeu meu coroa.

F- sua mãe tá aí?

- sei não, acho que tá se arrumando pro trabalho.

F- entendi.

- já falou com ela que vai embora hoje?

F- ainda não, vou falar quando ela estiver saindo pro trabalho.

- ata.

F- gostou de ontem?

- gostei bastante.

F- que bom.

Dei um gole no meu café.

F- acho que a Júlia não gosta muito de mim.

- porque?

F- sei lá, não consigo fazer ela sorrir.

- pai, ela não é um bebê.

Falei fazendo ele rir.

- você tá se envolvendo com a mãe dela né, todos os filhos ficam com um certo receio quando isso acontece mas ela vai se acostumar.

F- espero que sim viu.

- como conheceu a Marcela?

F- conheci ela no mercado, fui fazer compras e acabei esbarrando com ela no corredor de sabonetes.

- que brega.

Falei rindo.

F- aí começamos a conversar um pouco e no outro dia no encontramos lá de novo.

- por isso notei que tem bastante sabonete no banheiro.

Ele riu.

- queria um amor brega assim.

F- um dia você arruma alguém.

- é, um dia.

F- e aquele menino lá?

- qual?

F- o de olho azul que veio aqui.

- credo, eu e o Jordi somos apenas amigos.

Miami (em pausa) Onde histórias criam vida. Descubra agora