ᴍᴏɴꜱᴛʀᴏꜱ ᴇᴍʙᴀɪxᴏ ᴅᴀ ᴄᴀᴍᴀ

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DIA 1

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DIA 1.859, noite

Seguro Bubble em meus braços com certo cuidado, inalando seu cheirinho limpo ao caminhar para a cama, onde me sento. Ela está cheirosa e muito limpa. Graças a Tara. Ela se ofereceu para limpá-la e cortar os seus pelos e preciso dizer que foi um grande e perfeito trabalho. Mal reconheço a cachorra. O que pode ter sido estranho para Emma e Sophia, que estão mantendo distância.

Sophia está sentada em um banco na frente da janela, com seus cabelos úmidos e usando um pijama, olhando para alguma coisa lá embaixo. Ou talvez para nada. Não tivemos muito tempo para conversar, já que ela passou o dia fora com Carl, então não sei como está se sentindo com tudo isso. Já Emma... Emma está correndo de um lado para o outro, gargalhando porque acabou de descobrir como um interruptor funciona e não para de apagar e acender a luz.

— Emma, chega disso! — Sophia pede impaciente, fazendo-a parar por um insiste e interromper sua diversão com o interruptor — isso é irritante.

— Irritante é você, cabeça de queijo. Você é chata.

— Você é irritante, Emma! Deveria ir dormir.

— Acho que se você dormir, os nossos problemas serão resolvidos, porque não estou com nenhum pouquinho de sono, cabeça de queijo!

A luz volta a piscar, Sophia bufa com certa irritação e eu arqueio as sobrancelhas. Relutante, levanto-me e vou até a mais velha, entregando-lhe Bubble e dando um beijo em sua testa. Quando ela sorri, compreendo que talvez só esteja estressada com todas as novidades e não comigo. Isso é reconfortante.

Vou até a ratinha e a puxo para longe do interruptor, em uma cena dramática dela se debruçando e me pedindo para não roubar sua felicidade.

— Emma, apagar e acender a luz não é felicidade — deixo claro, colocando-a em pé sobre a cama.

— O que você sabe sobre a minha felicidade? — pergunta-me, cruzando seus braços — é a minha felicidade. Você não pode defini-la, ok?

— Ela pegou você — Sophia sussurra.

Semicerro os olhos para ela, depois para a baixinha a minha frente, que ainda está com a sua expressão irritada e seus braços cruzados. Reviro meus olhos e a empurro, vendo seu corpo tombar na cama e ela começar a gargalhar. Ai está! Sua nova felicidade é cair na cama.

— Procure felicidades mais duradouras, Emma.

— Deixei-me, mamãe — pede, recuperando-se do riso com os braços abertos — minha felicidade é um grupo de pequenas coisas. Pequenas como eu.

Paro por um segundo, tentando entender o contexto de felicidade através dos olhos de uma garotinha de quatro anos, que nesse momento parece ser tão grande. Leve alguns segundos, mas o sorriso em seu rosto me faz acreditar mesmo que a felicidade é um conjunto de pequenas coisas, como ela. Minha pequena e ao mesmo tempo tão grande felicidade. Jogo-me ao seu lado e dou um beijo em sua bochecha.

Survive For You - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora