ʙᴇʟᴇᴢᴀ ᴇꜱᴘᴇᴄɪᴀʟ

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DIA 1

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DIA 1.861, início da tarde

Forço um sorriso e me curvo um pouco, apoiando minhas mãos no chão e esticando o pescoço para ver o que Frank está consertando. Ele me encara e abre um sorriso largo, balança a cabeça e volta sua atenção para aquilo. O que quer que seja aquilo. Estamos na plataforma mais alta da usina, uma passarela estreita feita totalmente de aço e que com uma simples queda, destroçaria uma pessoa.

A algumas plataformas abaixo, Rick e Glenn estão com os outros. Os outros incluem Ruby. Isso tem me deixado tão irritada, porque já não posso mais lidar com meu ciúmes bobo e infantil. Foi o motivo que me fez subir aqui, sabendo o quanto altura me dá medo.

Mas pior do que a altura, é a minha "beleza especial". Esse é o assunto favorito de Frank e nas últimas horas, apenas esse homem conseguiu reunir a maior lista de elogios que já escutei em toda a minha vida. Elogiou meu cabelo, meu rosto de simetria perfeita, meus olhos com a cor do céu beijando o mar. E além da minha beleza, também recebi elogios sobre a minha inteligência. Cada pequeno ponto da minha inteligência.

Conheço pessoas que já teriam saído voando com o ego inflado, contudo, isso me irrita. Se eu ouvir mais algum elogio, vou jogar esse homem daqui de cima, e ai sim teremos sérios problemas!

Um riso fino e irritante me distrai, fazendo-me olhar para o andar abaixo tão rápido que me desequilibro. Frank se move tão rapidamente que mal vejo, agarrando meu braço e me fazendo parar na plataforma. Meu coração dispara só nesse momento e todo meu ar se vai. Um som estala por todo o lugar e vejo minha faca despencar até o chão do térreo. As cabeças lá debaixo se viram para nós com preocupação.

— Tudo ok aí em cima? — Rick pergunta, elevando sua voz.

— Sim — grito de volta, revirando os olhos e deixando meu corpo tombar levemente para o lado. Percorro a mão pelo cabelo e inspiro com força. — Droga.

— Você está bem, Carol?

— Não! — exclamo irritada. — Estou tentando me acostumar a ficar em casa de novo, mas isso é fora dos limites! Todos são estranhos, não sei como agir, me sinto deslocada e ninguém está facilitando em merda nenhuma!

Franklin arregala os olhos para mim, rindo em seguida como se eu fosse louca. Talvez eu seja, mas o que importa afinal? Estou cansada de tudo isso. De todas as informações, de todas as situações que parecem piorar e me deixar irritada. E a pior parte é que não estou mais bêbada!

— Me desculpe — peço gentilmente, suspirando em seguida — não deveria soltar tudo isso em cima de você.

— Carol — ele para, coloca suas ferramentas de lado e segura minha mão — você é uma mulher muito inteligente e bonita... — oh, não, lá vem — e é única.

— Única?

— Sim. Pessoas como Ruby não podem simplesmente roubar seu lugar.

— Como você... — paro de falar de repente, rindo — deu para notar, não é?

Survive For You - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora