Sucumbindo a dor e a escuridão, Carol se entrega ao seu pior lado, fechando-se para o amor e o que sobrou das coisas boas que poderia ter no fim do mundo. Depois de se separar da sua família e sentir que era parte dos mortos, sua única motivação par...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
DIA 1.833, manhã
Emma permanece ao meu lado conforme andamos pelo corredor do santuário, segurando a guia de Bubble para que ela não saia correndo por ai ou não seja machucada por qualquer idiota. Estamos a procura de Sophia também. Desde ontem não a vimos, então quero me certificar de que esteja bem.
Chegamos ao salão principal da fábrica, onde no andar debaixo as pessoas trabalham. De repente, todo o trabalho cessa e as pessoas começam a se ajoelhar, é quando noto Negan do outro lado, apoiado na grade e falando animadamente com Sophia. A garota parece estar empolgada, rindo enquanto observa todas essas pessoas de joelhos pelo pai, o que é completamente ridículo. Pelo visto, o poder já subiu à cabeça...
Ergo o nariz quando noto que Negan está me observando, virando rapidamente e começando a descer as escadas com Emma. Não há muitos lugares para onde eu possa ir, e o filho da puta continua nos observando. Isso me deixa irritada. Andando entre as pessoas, com tanta irritação, acabo esbarrando em alguém, a princípio parece ser um garoto – que não é tão garoto –, mas quando ele se vira a primeira coisa que faço é empurra Emma para o lado, deixando-a escondida atrás do meu corpo.
O garoto de pele negra, cabelos cacheados como macarrão instantâneo e olhos claros para o que está fazendo, com a boca aberta a incredulidade lhe estampando a face. Sua boca se fecha e abre de novo, sem saber como reagir. Minhas mãos começam a suar estranhamente, deixando-me nervosa e desconfigurada. Não me lembro qual foi a última vez que estive assim, já que nesse momento parece que meu mundo parece ter dado tilt.
— Car...
— Não!
Empurro-o rapidamente, tapando sua boca ao ver que estamos sendo observados por Negan e seu olhar desconfiado. Droga! Empurro o garoto rapidamente e me afasto, tentando não chamar atenção.
— Não diga meu nome — ordeno — nunca, entendeu?
Sua cabeça balança rapidamente, fazendo seu cachinhos pularem. Graças ao seus olhos arregalados, sei que está com medo, também sei que não abrirá a merda da sua boca inútil. Ao menos isso tenho ao meu favor.
Procuro Negan mais uma vez, mas quando o avisto, descubro que está descendo as escadas. Ah, pronto! Encaro o menino na minha frente mais uma vez, semicerrando os olhos.
— Se você tem amor a essa sua vida de merda, não fale nada sobre mim, menos ainda que me conhece. Você já tinha medo de mim antes, Billy Henderson, saiba que agora estou umas mil vezes pior! Entendeu?
— Sim, sim!
Billy balança sua cabeça vezes demais, apavorado como um pequeno peixinho perdido no mar. Como sempre. Reviro os olhos quando Negan para ao nosso lado, com seu largo sorriso apoia o braço nos ombros de Billy e coloca a ponta do seu taco em frente ao rosto dele.
