Sucumbindo a dor e a escuridão, Carol se entrega ao seu pior lado, fechando-se para o amor e o que sobrou das coisas boas que poderia ter no fim do mundo. Depois de se separar da sua família e sentir que era parte dos mortos, sua única motivação par...
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DIA 1.884, final de noite
Ergo-me sobre a cama de uma só vez! Giro meu corpo e o abaixo para fugir do golpe. Outro vem em seguida, derrubando-me contra o colchão macio. Meu corpo protesta, mas o riso me toma. Tudo o que faço então é tentar conter minhas gargalhadas em meio a minha "luta" com Daryl.
Queria provar que poderia vencê-lo, mas não posso sem jogar sujo!
Ele monta em cima de mim, prensando meu corpo contra a cama. Estou com a barriga para baixo e graças a posição que cai, minha bunda está levemente empinada. Ele aproveita isso. Sua mão se choca sem dó contra meu traseiro.
Puta merda!
Minha pele arde. Quero gritar, mas não posso fazer isso sem acordar as crianças. Mordo minhas bochechas por dentro e me contorço, abafando mais o riso.
— Assuma sua derrota — pede mais uma vez, empurrando sua virilha em direção ao meu corpo. Sua mão sobe e desce no lugar onde ele bateu. — Vamos lá. Posso fazer isso pela noite inteira.
— Ok! — exclamo, exausta pela brincadeira. — Você venceu!
— Ótimo. Agora vá se arrumar para dormir. Não aguento mais essa sua energia de criança.
Deixo um risinho escapar, mesmo ganhando outro tapa. Daryl se afasta e me puxa para cima com certa facilidade, deixando-me ir para o banheiro. Me sinto levemente zonza. Acho que meu sangue esquentou com a brincadeira, ou talvez seja só a excitação graças a todas as provocações do meu marido. Fora isso, me sinto bêbada de felicidade.
É uma boa coisa.
No reflexo do espelho, encontro uma mulher ruiva com os cabelos mal contidos em um elástico. O rosto vermelho de tanto rir e os lábios ainda mais avermelhados, usando apenas uma camisola.
Balanço a cabeça para ela, rindo da situação.
Para me acalmar e lembrar-me que não tenho mais a idade de Emma, jogo um pouco de água gelada no rosto. A sensação é boa, vai me acalmando pouco a pouco e levando o riso embora. E depois de escovar os cabelos volto ao quarto.
Daryl está recostado a cabeceira da cama, com alguns papéis em mãos e o cenho franzido pela concentração.
Ótimo! Ele me mandou dormir porque estava tarde para a minha "energia de criança", mas pelo visto nunca é tarde para ficar com a cara enfurnada em algo relacionado a cidade!
Reviro os olhos e me arrasto de forma pesarosa para a cama, empinando o nariz e puxando a coberta. Daryl me lança um olhar semicerrando, rindo da birra que estou fazendo. Ele não se manifesta enquanto subo na cama, mas ao sentar ao seu lado, com os braços cruzados, uma ideia melhor me surge.
Movo-me pela cama de forma lenta, enfiando-me entre seus braços e sentando sobre a sua virilha. Sua expressão continua séria, concentrada nos papéis em suas mãos. Ao menos, seus braços me apertam com carinho. O que não é o suficiente. Quero a sua atenção. Toda a sua atenção.