ғɪϙᴜᴇ

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DIA 1

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DIA 1.861, madrugada

Sento-me na cama de repente, confusa! O quarto cheio de escuridão me cerca, fazendo-me questionar por um segundo onde estou, após isso uma série de imagens se passa pela minha cabeça, me lembrando de tudo o que aconteceu e em que lugar estou. Com isso, uma leve dor de cabeça se faz presente, graças a todo o álcool que ingeri na noite passada. Respiro fundo e olho para os lados, notando o espaço vazio na enorme cama.

Onde está Daryl?

Jogo as cobertas para o lado rapidamente e quando estou prestes a descer o vejo dormindo no chão ao lado da cama, com apenas um travesseiro e um cobertor. Um suspirinho bobo me escapa. Acho que deixou a cama para mim e resolveu dormir ali para não me deixar desconfortável. É do feitio dele.

Sorrio e desço, sem me importar com a cama confortável, porque a verdade é que se estiver com Daryl, qualquer lugar se torna perfeito. Acomodo-me a sua frente, encolhida e em poucos segundos sou puxada, diretamente para o embalo dos seus braços, sendo esmagada em direção ao seu peito. Não sei se está acordado. Inspiro com força, sentindo o seu cheiro, que ainda parece tão familiar e ainda assim, diferente, é claro.

Fecho meus olhos de novo e começo a sentir o sono voltar, tão rápido, como se dormir fosse a coisa mais fácil do mundo para mim. Me entrego a isso, sem me importar se vou ter pesadelos. A verdade, é que estar em seus braços me passa a segurança que preciso para enfrentar isso.

Adormecida, não sei quanto tempo se passa, mas sinto logo um leve toque em meu rosto, dedinhos pequenos percorrendo meu nariz. Estou sorrindo antes mesmo de abrir os olhos, familiarizada com o toque de Emma. Quando a encaro, encontro-a ajoelhada na minha frente, com seus olhos bem abertos. O quarto ainda está escuro e imagino que não deve estar amanhecendo ainda, mas suas enormes orbitas azuis brilham levemente no escuro.

— Mamãe — ela sussurra meu nome — onde estamos?

— Estamos na casa do papai, docinho.

— Mamãe — repete, aproximando mais seu rosto do meu — por que você está deitada com os mortos?

Um arrepio sobe pela minha espinha, instantaneamente o ar me falta e me faz virar, vendo um rosto horrendo com a boca aberta e vindo para cima de mim. Emma some. Há mais deles, vindo para cima de mim. Não importa o quanto eu lute, grite, tente fugir, os monstros estão me alcançando! Ainda gritando, sento-me, sentindo uma camada fina de suor na minha testa conforme meu peito sobe e desce de forma acelerada.

Eles se foram?

— Carol?

Daryl se senta rapidamente, me tocando. O medo ainda é recente, me faz correr para longe dele e levantar. Me encolho quando o homem também se levanta e acende a luz de cabeceira, olhando-me com preocupação.

— Baby, o que foi?

— Emma... eu... eu preciso ver Emma!

Corro para fora do quarto, fugindo dele, fugindo da explicação. Chego ao quarto de Emma em poucos segundos, sem saber o porquê faço isso, mas assim que acendo a luz a encontro sentada na cama, com uma expressão clara de irritação. Seus braços estão cruzados e o nariz franzido. Ainda que pareça tão brava, eu começo a me acalmar pouco a pouco.

Survive For You - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora