Sɴᴏᴡsᴛᴏʀᴍ [HIATUS]

8. Purple and Green

Aviso: Esse capítulo contém discurso de ódio e violência.

   Lá estava eu pela primeira vez no ano, pensando se realmente deveria estar no pórtico da casa de Nolan.

  Talvez tenha sido uma má ideia.

  Não! Nada disso! Pare de graça e toque a campainha!

   —Harper! –A porta da frente se abre após o barulho da sineta ressoar —Que bom que chegou! Pensei que não viria.

    Paige está com um enorme sorriso segurando Benjamin no colo e usando um suéter de lã verde escuro que combina com seus olhos de esmeralda.

—Boa tarde, Paige! –A cumprimento entrando no vestíbulo, retirando o meu sobretudo e pendurando minha bolsa, deixando em minhas mãos apenas a sacola de presentes —Desculpe, eu tive problemas no trânsito.

Quinn me encara séria, sabendo que estou mentindo na cara dura, minha casa não é longe daqui e ela sabe disso.

    A verdade é que estar na casa de Nolan sem seu conhecimento é um território que eu não gosto nem um pouco de explorar.

   Meu sobrinho se agita nos braços da mãe e estica as mãozinhas para mim assim que me viro para ele.

    —Titia Hap. –O bebê chama, apertando e soltando os punhos, eu olho para Paige procurando por confirmação.

—Aqui, tome. –A esposa do meu irmão diz num tom cansado, passando o filho para o meu colo —Você quer uma xícara de chá? Eu acabei de fazer um de frutas vermelhas.

Ela adentra na própria casa e eu apenas a sigo em direção a cozinha.

—Ei, meninão. Sentiu falta da titia Hap? –Sorrio para Benjamin, beijando sua bochecha —Eu te trouxe um presente. Quer ver? –Sacudo a sacola de plástico com dois embrulhos dentro.

—Sim! Presente! Presente! Presente! –Ele repete animado, eu o coloco na cadeira da mesa de jantar e me sento ao seu lado, entregando o primeiro embrulho.

    —Ben, o que você diz quando recebe um presente? –A loira coloca duas xícaras na mesa, acompanhadas do bule, uma bomboniere pequena com macarons e uma bandeja de porcelana de três andares repletos de pães, croissants, tortas e geleias.

    Quinn é tão cuidadosa, detalhista e calma que as vezes eu me pergunto como ela conseguiu formar uma família com o meu irmão do jeito que ele é.

—Obrigado! –O loirinho bate palmas agradecendo e ao receber o consentimento da mãe rasga o primeiro presente com facilidade —Desenho de pintar!