EM VOCÊ...EU CONFIO!-Armando Scoth Lee-romance gay

CAPÍTULO 2

(ATENÇÃO: ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)

_ ADRIANO _

"Chegar ao topo da carreira antes dos quarenta era muito mais do que eu sonhara! Sei que o meu pai ficaria feliz se me visse agora! Dedico o meu sucesso a você, pai!"

O investigador criminal Adriano Sousa de Almeida Sales recostou-se na cadeira confortável observando o funcionário remover a etiqueta antiga da porta a fim de colocar a nova.

Suspirou quando viu a placa nova contendo o seu nome, o que provava que não estava sonhando. 

Chegava ao topo de sua carreira aos 38 anos e sabia que podia respirar aliviado agora que tudo acabara.

Tantos obstáculos...tantas concorrências...tantas provações...mas ele vencera!

Queria que o seu pai, o policial Henrique Sousa de Almeida Sales, estivesse ali presenciando mais aquela conquista do filho. 

O pai de Adriano estava às vésperas de se aposentar quando foi baleado durante uma perseguição policial. Ele nem descera da viatura...pedia reforços enquanto os colegas já saíam em  perseguição aos bandidos.

Talvez, percebendo a intenção do pai de Adriano, os bandidos metralharam o carro e foi assim que Henrique  veio a perder sua vida no cumprimento do dever.

Adriano  estava em início de carreira e a morte do pai só serviu para lhe dar  um fôlego novo para continuar.

Ficara arrasado. Não prenderam a gangue...já atacavam a região metendo o terror em todo mundo há mais de dois anos, mas pareciam fantasmas!

Um a um todos os investigadores, mesmo sedentos por vingarem a morte do pai de Adriano, fracassaram na busca pelos marginais.

Adriano então pegou para si a tarefa de fazer justiça e assumiu o caso a fim de estar ele mesmo à frente das investigações.

Um ano, dois anos, quase três e nada! Os bandidos que haviam matado o pai de Adriano  pareciam peixes escorregadios que nunca se deixam agarrar. 

Nova perseguição...mais sucesso daquela vez! Encontraram testemunhas dispostas a falar...dispostas a trabalhar com o desenhista da polícia...e foi  essa ajuda que provocou o assassinato de dois  desenhistas e também das testemunhas!

O cargo de desenhista  ficou vago...ninguém mais queria se envolver naquilo...ninguém mais queria fazer a face do chefe do bando...um rosto misterioso que agia sem limites, sem ninguém para enfrentá-lo.

_Deve ser gente grande, porque o armamento é pesado, os capangas são fiéis...preferem morrer a dar alguma pista  pra nós! Além do mais mataram as testemunhas e os dois desenhistas!_dissera um dos policiais visivelmente nervoso._Ninguém quer pegar o caso!

Adriano concordava...ninguém queria estar no lugar que pertencera aos desenhistas...ninguém queria estar na posição de delator daqueles bandidos, os assassinos de seu pai, e o terror se espalhava pela comunidade e também entre os policiais!

_Mas que droga! O secretário de segurança está comendo o meu fígado!_berrou o chefe de Adriano.

Adriano sentiu-se um inútil! Um investigador que nem mesmo conseguia manter o seu desenhista vivo!

O tempo passava...o assassino de seu pai seguia impune...o grupo aterrorizava todo mundo...

_Não é sua culpa, querido. Sei que está fazendo o melhor._disse a esposa de Adriano, Pâmela,  numa noite em que o marido estava tão tenso que não conseguia dormir.