CAPÍTULO 33

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Márcio sentia que a dona da casa realmente encorporara o papel de mãe ao puxá-lo para o seu colo toda vez que tinha uma oportunidade.

Ele gostava de um carinho...sentia-se carente ainda da presença de Eugênio e por isso não se recusava a satisfazer Maria, irmã de Adriano.

_Menino, que cheirinho gostoso você tem, viu?!_ela lhe cheirava a nuca fazendo o rapaz encolher-se timidamente._Cheiro de neném!

Somente todo aquele carinho podia aliviar um pouco todo o seu drama de estar fora de seu emprego, longe de sua mãe, viúvo de seu amado.

Maria o convidava pra percorrer a fazenda, o levava em compromissos, lhe explicava como funcionava tudo  e lhe permitia ajudar nos afazeres sempre que ele se oferecia, o apresentando  a todos como o seu sobrinho.

_Melhor assim, para que as pessoas não venham a lhe faltar com o respeito._ela aconselhou.

Ele não se opôs, visto que realmente parecia necessário haver uma hierarquia por ali. Maria era mulher e precisava impor respeito, especialmente porque eram muitos os funcionários da fazenda...a maioria da própria região...muitos pareciam brutos, rudes, machistas...homofóbicos também haveriam ali, com certeza, pensou Márcio apreensivo. Melhor não arriscar atraindo problemas para quem o recebia com tanto carinho. Que ela fizesse como achasse melhor.

Márcio estava assistindo o noticiário quando a mãe ligou pra ele e informou que precisava sair da casa de Maralice imediatamente e ir encontrar-se  com ele.

O rapaz assustou-se, claro, imaginando que a mãe devia ter tido problemas na casa da amiga, mas ela logo o tranquilizou dizendo que não era nada daquilo. As duas, ela e Maralice, estavam mais amigas do que nunca, ele podia ficar tranquilo, disse  Eva.

Explicou primeiro que uma entidade havia lhe dito que ela precisava levar a filha de sua amiga com ela, que a garota teria problemas sérios com o pai se continuasse ali.

_Será que sua amiga que lhe está dando abrigo poderia aceitar por algum tempo a filha da Maralice aí, Márcio? Preciso levá-la comigo e é um caso de vida ou morte, acredite!_disse dona Eva aflita._Se precisar, eu mesma ligo para o Adriano e peço para ele interceder pela Clarice!

O rapaz acreditou que Maria, a dona da fazenda,  não se oporia a aceitar a moça, desde que ele e a mãe pedissem com jeitinho.  Eva ficou mais tranquila ao ouvir aquilo.

_Mas o que deu na senhora pra ter agora esta urgência toda em vir, mãe? Mesmo tendo sido um apelo de um de seus guias  espirituais, receio pela sua saúde...será que já pode viajar?_preocupou-se o rapaz.

_O médico me liberou hoje à tarde, pois eu deixei bem claro pra ele que pior eu ficaria se fosse contrariada sendo mantida longe do meu filho amado justamente agora que ele precisará tanto de mim._completou a mãe aflita._O mal está de tocaia, filho e eu quero estar perto de ti para que possamos lutar juntos. Deus ouve com mais atenção quando mais de uma pessoa invoca o seu nome! Somente juntos conseguiremos ser fortes o bastante para vencermos as tribulações que estão por vir!

O filho de Eva sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo, pois sabia que a mãe só diria aquilo se tivesse certeza!

O drama de colocar a sua amada mãe  em risco veio atormentá-lo mais uma vez: quem assassinara Eugênio poderia vir atrás dele a qualquer momento, bastaria descobrir o seu paradeiro. Se a mãe estivesse ali com ele, também ela correria perigo, pensou o rapaz.

EM VOCÊ...EU CONFIO!-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora