CAPÍTULO 13

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Adriano aproveitou que Márcio se afastou e  ligou para Olavo, seu patrão.

_Como é que é?_perguntou o outro._ Não virá aqui hoje? Mas o pessoal vai acreditar que você está fugindo do rolo que aprontou aqui ontem!

Adriano surpreendeu-se com a própria resposta:

_E eu lá estou preocupado com a opinião daqueles três? Que vão à merda, Olavo! Deixe que eles destilem o seu veneno fazendo a minha caveira por aí! O que é deles está bem guardadinho, pode apostar!

Adriano viu quando Márcio encostou-se numa das paredes do hospital e chorou, como se desabafasse com alguém do outro lado da  linha. Talvez devesse se oferecer para ir buscar algum amigo que viesse lhe fazer companhia...

Pijama...chinelos de borracha Havaianas...ele parecia um garoto desamparado por não saber como ajudar a mãe!

_Alguma reviravolta no caso do Eugênio?_Olavo quis saber.

_Uma reviravolta de 720 graus, Olavo. _Adriano falou até sem sentir ainda olhando para a figura do rapaz  a sua frente.

_Acha que o namorado do Eugênio corre risco de ser assassinado também?_Olavo o arrancou de seus pensamentos de forma violenta.

Adriano desejou passar pelo telefone a fim de fazer com que Olavo engolisse as próprias palavras, como se não as tendo projetado para o vento, elas não tivessem força e não viessem a se concretizar.

_É bem provável que ele esteja protegido ainda por um detalhe aqui que o assassino de Eugênio não saiba.

Adriano torcia para aquilo ser verdade...que Eugênio não tivesse revelado pra ninguém quem era o verdadeiro desenhista.

_Que detalhe?_Olavo quis saber.

_Te ligo quando puder._Adriano desligou na cara do chefe ao ver que Márcio tinha desligado.

Aproximou-se preocupado.

_Não sou seu inimigo...você viu...eu era amigo do Eugênio e quero te ajudar._falou manso.

Márcio riu amargamente.

_Claro...você era amigo do homem com quem pretendia passar o resto da minha vida e que até você aparecer, eu não sabia que podia esconder algo de mim. Entre nós dois não havia segredo algum, mas agora você aparece dizendo que era amigo do meu parceiro e ainda traz a confirmação de que ele me deu de presente aquele apartamento...A gente tinha que juntar moedinhas todos os meses pra fecharmos as contas! Agora ele me deixa um apartamento...O que vocês dois faziam? Traficavam drogas? Porque o Eugênio não costumava sair de casa sem mim...era de casa para o trabalho e do trabalho pra casa. Quando vocês dois se encontravam?_quis saber.

Era verdade...não havia necessidade de se encontrarem tanto assim...Os encontros eram rápidos, apenas para Eugênio trazer o retrato falado depois de ouvir as gravações das testemunhas de Eugênio.

Mais uma vez, o destino quis ajudar o investigador quando uma enfermeira veio chamar.

_Ela quer falar com Adriano, é você?_disse a garota  olhando para Márcio.

Márcio estranhou a mãe dele chamar aquele até então estranho, mas Adriano se identificou para a enfermeira.

Adriano não deu satisfações para o filho de dona Eva quando acompanhou a enfermeira.

_Não é aconselhável que você a estresse, mas ela vai elevar a pressão e a glicose se não te ver agora, parece que é caso de vida ou morte..._a enfermeira jogou os braços para o alto._Seja breve, por favor.

EM VOCÊ...EU CONFIO!-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora