(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)
Adriano chegou na sala bagunçada, onde a garota estava olhando um álbum de fotos que estava jogado no meio do caos.
Sílvia estendeu uma foto onde ela e a amiga Angélica estavam juntas numa praia, barcos ao fundo.
Adriano poderia ter imaginado qualquer pergunta da garota, menos aquela.
_Acha que tenho cara de lésbica?_perguntou erguendo o queixo como se precisasse que ele avaliasse o seu rosto melhor.
Adriano olhou para a garota confuso. Que tipo de pergunta tão íntima era aquela para um estranho?
Ela era bonita. Cabelos ruivos, baixa, delicada, pele clara, sorriso simpático e olhos tristes.
Adriano sabia que aquilo era preconceito, mas sempre associava as lésbicas a camisas xadrez e bermudas folgadas, cabeças raspadas e trejeitos masculinos. Nada a ver com a garota feminina a sua frente.
Antes que o investigador pudesse responder, a garota falou:
_Algumas pessoas achavam que eu e a Angélica éramos namoradas. Você acha que parecemos namoradas?
Ele estava percebendo um tom carente e infantil.
Ela parecia ter um ou dois anos a mais do que Márcio.
Novamente ela não deixou Adriano responder:
_Não me vejo chupando uma mulher..._riu nervosa com a ideia._Não me vejo nem mesmo beijando a boca de uma mulher. Por que pensam isso da gente? Só porque temos amigos veados? Quem foi que disse que toda mulher que é amiga de bicha tem que ser sapatão?
O investigador concluiu que a garota devia ser meio perturbada e ele não estava ali para fazer análise...não mesmo.
Adriano estava mais preocupado com outra coisa.
_Como entrou aqui?
A garota exibiu duas chaves que trazia na mão.
_Dona Eva me deu a chave dela. Disse que era para o caso de não encontrar o Márcio aqui. A mãe do Márcio pediu pra levar algumas roupas pra ela. Acha o quê? Que eu roubei as chaves na bolsa da mãe do Márcio? Tenho cara de ladra? De assassina, talvez? Talvez tenha matado o Eugênio, será? _ela o desafiou._Quer o telefone do meu dentista para que ele prove que eu estava na cadeira dele durante mais de uma hora fazendo um procedimento no momento estimado para o assassinato? Margem de tempo? Peguei carona com um amigo que estava indo pra capital e...
O investigador já estava ficando tonto com aquela fala estranha da garota.
_Não sei onde quer chegar._Adriano a interrompeu._Não insinuei nada a seu respeito.
A garota o encarou desafiadora:
_Você não tem cara de veado...realmente passa despercebido que prefere comer um homem.
O investigador começou a analisar se o tom quase infantil não estava sendo muito forçado para talvez esconder a verdadeira personalidade daquela mulher.
_Eu não sou homossexual, se é isso o que quer saber e o que viu lá dentro...
Novamente ela o interrompeu de maneira inconveniente:
_Conheço poucos homens que se sujeitariam a se agarrar daquele jeito a um outro homem, diga-se de passagem um quase estranho e ainda ficar cheirando a cabeça...
Foi a vez do investigador a interromper:
_Fiquei com pena do Márcio...ele tem passado por maus momentos. Fiquei sensibilizado e quis dar um pouco de conforto, só isso.
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EM VOCÊ...EU CONFIO!-Armando Scoth Lee-romance gay
RomanceIMPRÓPRIO PARA MENORES!-Adriano e Eugênio! A parceria perfeita para desvendar crimes complicados. Adriano, marido de Pâmela, o investigador renomado...Eugênio, namorado de Márcio, a arma secreta, o desenhista técnico-pericial...Parceiros, melhores a...