CAPÍTULO 23

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Adriano sentiu o sol bater em seu rosto. 

O investigador abriu os olhos confuso, pois não se lembrava de ter se deitado na noite anterior, especialmente porque estava esperando Olavo chegar!

_Bom dia, querido!_disse Pâmela o assustando e entrando no quarto com uma linda bandeja de café da manhã nas mãos.

A esposa perfeita ajeitou os travesseiros sob as costas do marido e colocou a bandeja com o café da manhã no colo dele.

Adriano tinha a mente confusa, pois não entendia o que estava acontecendo ali.

Como viera parar na cama sem que se lembrasse?

O investigador tentou lembrar-se da última cena que lhe vinha à cabeça sobre o dia anterior.

Enquanto Pâmela abria as janelas, servia o café para o marido, ele se esforçava para organizar as ideias.

Aos poucos ele foi se lembrando.

Patrícia e Pâmela haviam dito que iriam falar com Olavo que ele passara a noite em casa, junto com elas, o que era mentira.

Adriano lembrou-se que havia ido à  casa de Márcio, havia conversado com ele e o rapaz ainda estava apreensivo diante do pedido que ele lhe fizera: voltar a desenhar a fim de que tentassem descobrir quem havia matado Eugênio.

Adriano lembrou-se que depois de sair da casa de Márcio, ele havia ido para o mirante da cidade, onde ele gostava de ir quando precisava pensar.

Adriano lembrava-se exatamente que ficara lá por um bom tempo e que quando chegou em casa, recebeu a notícia de que Divino havia sido assassinado e que Olavo estava vindo falar com ele, visto que o investigador havia ameaçado o colega de morte em público, o que o tornava forte suspeito pelo crime.

_Não tenho por que mentir para o Olavo...não tenho por que mentir pra ninguém. _ele falara indignado diante da oferta das duas irmãs de darem falso testemunho para protegê-lo.

Aquilo havia soado inicialmente louco e aos poucos se tornado nojento...desrespeitoso!

O que elas queriam insinuar com aquilo? Que ele não sabia se defender, ou tinham certeza de que ele havia matado Divino e precisaria de um álibi para não ser preso?

_Não é você quem irá mentir, amor._Pâmela havia passado a mão macia e bem cuidada no pescoço dele, um carinho que ela sabia que ele gostava._Nós duas vamos mentir, não porque desconfiamos de você, mas justamente porque temos certeza de que você é inocente!

Adriano vira o rosto de Patrícia fixo no dele, feito uma estátua.

Quando fora que ela adquirira aquela expressão tão enigmática? Ele não saberia dizer.

_Não tem cabimento vocês duas fazerem isso, porque eu vou assumir que não estava em casa. Aliás, não haverá necessidade de vocês duas mentirem justamente porque eu realmente não tenho o que esconder, pois eu não matei o Divino! _disse o investigador firme e irredutível.

_Mais uma razão pra não se expor a investigações, suspeitas, ameaças..._Pâmela falou visivelmente entediada com aquele assunto.

Adriano olhou pra ela confuso.

Pâmela sabia que o marido não entendera de onde viria alguma ameaça contra ele, visto que se declarara inocente daquele crime.

_Conheço os filhos do Divino. Mardone e Nelson. São dois trogloditas que se tiverem a menor suspeita de que você possa ter matado o pai deles, virão eles mesmos fazer justiça com as próprias mãos! _Pâmela o olhou alarmada.

EM VOCÊ...EU CONFIO!-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora