CAPÍTULO 7

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


"Às vezes alguns fatos reabrem velhas feridas que a gente julgou que já estavam cicatrizadas..."


Adriano deixou que a mãe do parceiro de Eugênio se afastasse sozinha.

Esperou que ela entrasse novamente no prédio e trancasse a porta atrás de si.

Estava certo aquilo dele liberar Eva? Ou ele deveria exigir em nome da lei que a senhora lhe permitisse interrogar o filho dela a respeito do falecido?

Não há receita de como agir para estas coisas...especialmente quando o falecido também lhe era tão caro!

O investigador chegara ao local do assassinato depois de reduzi a velocidade de seu carro, pois não tinha pressa em chegar ali...queria adiar a confirmação daquela tragédia!

Eugênio estava morto e quanto a isso não havia nada mais que ele pudesse fazer, pensou arrasado.

O alarme não havia sido dado para a imprensa ainda. O homem que encontrara o corpo, um mendigo que costumava rondar por ali, ainda estava sentado num canto, pois deveria dar mais detalhes do que vira quando chegou ao local.

Haviam apenas dois carros de polícia, dentre eles, o do seu chefe que ligara para ele.

_Você o conhecia?_perguntou o chefe de Adriano afastando o lençol e lhe mostrando o corpo.

A dor da perda foi forte em seu peito!

_Conhecia._foi sucinto.

Não soube se era correto dizer que era o seu melhor amigo e por isso foi sucinto novamente:

_Éramos amigos.

O desenho que haviam encontrado com Eugênio foi entregue a Adriano.

_Parece que mais do que amigos, pois a intimidade entre vocês dois  está evidente nesta foto._o chefe foi firme.

"Ela é linda! Mas não acha que eu sou mais gostoso, amor?"

Adriano viu o desenho de sua esposa, tão nítido quanto em uma foto...com certeza mais uma das brincadeiras de Eugênio.

_Realmente eram apenas...amigos?_o chefe de Adriano perguntou novamente. 

O investigador sabia que aquele era o momento que o outro oferecia para que ele contasse o que sabia, pois se descobrissem depois que ele estava mentindo, seria bem pior para Adriano!

Adriano ainda olhava a foto percebendo  que estava confuso quanto ao que sentir...ao como agir...deveria ficar com raiva de Eugênio por ter feito aquela brincadeira comprometedora com ele antes de partir?

O investigador sentiu uma sensibilidade maior  na virilha ao passar por sua mente uma lembrança de sua única experiência homossexual na vida.

Eram bem jovens os dois...Adriano e Matias. Hormônios à flor da pele...os dois eram os melhores amigos...uma loucura na época...uma loucura se fosse no momento atual.

Os dois rapazes haviam bebido um pouco para comemorar a formatura no segundo grau (atualmente chamado de ensino médio). Iriam fazer dezoito anos em breve. 

Quantas cervejas haviam tomado? Não importava, pois Adriano nunca havia bebido tanto e depois daquele dia, nunca mais iria beber!

_Deixa de veadagem, Adriano! Sua formatura e vai ficar nesta frescura de não beber uma geladinha? _Matias fora desafiador.

EM VOCÊ...EU CONFIO!-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora