CAPÍTULO 31

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Foi fácil pra Adriano  fingir pra Pâmela que tinha acreditado que ela e Olavo não tinham um caso...

Foi fácil também  fingir pra Pâmela que agora Patrícia passava a maior parte do tempo dormindo e que isso não tinha sido manipulação dela, para evitar que a irmã surtada falasse demais e desse algum fora.

Adriano não falou nada, pois quanto mais idiota ela ainda achasse que ele era, mais fácil ele descobriria tudo.

Ser idiota perto de Pâmela era fácil, difícil era ter que ainda transar com ela. Talvez porque há muito tempo ele não soubesse mais o que era isso e se acostumara apenas a fazer amor. Com a esposa, isso agora se tornara impossível!

_Lamento, meu bem...hoje realmente não estou bem._ele justificou quando não conseguiu entrar no clima naquela noite.

Ela não se dava por vencida...sabia como excitá-lo, onde tocá-lo e ele tinha que se fazer de garanhão comedor apenas pra manter a farsa e não jogar seus planos por terra.

Gozar nos braços da esposa pensando em Márcio logo se tornaria uma rotina...e admitiu para si mesmo que a discrição sutil  semelhante a uma marreta quebrando um ovo de sua irmã Maria estava ajudando...e muito!

Também fora fácil comentar com Pâmela que haviam colocado escutas em seu carro e ver o rosto impassível dela insinuando que com certeza tinha sido alguma coisa vinda de Divino para roubar-lhe as ideias. Mortos não falam e agora seria fácil jogar todas as culpas sobre ele.

_Não duvido que foi assim que ele descobriu que o seu trunfo era o Eugênio e por isso o matou._Pâmela falou friamente.

Adriano, que estava tomando café da manhã, engasgou e precisou do socorro da sempre atenta esposa fiel que lhe veio dar tapas nas costas.

_Que tipo de acusação é esta, querida? Você está querendo insinuar  que o Divino matou o Eugênio?_ele realmente estava assustado com aquela acusação.

Divino podia ser tudo, mas assassino...jamais, avaliou.

_E por que não? Ele não foi capaz de encher o seu carro de escutas?_ela envenenou mais um pouquinho.

Ele queria ver até onde ela seria capaz de ir com aquilo:

_É algo a se pensar..._ele tentou se manter impassível._E tem alguma suspeita, detetive Sherlock Pâmela, de quem poderia ter matado o Divino depois disso?

Ela olhou pra ele erguendo uma sobrancelha bem feita, movimento que ele já amara tanto e que agora fazia o seu estômago revirar diante de tanta falsidade!

_Você já foi mais esperto, mestre. _disse ela brincando ao demonstrar que o que sabia havia aprendido com ele._Tenho certeza de que estar emocionalmente envolvido neste caso, já que era tão amigo do falecido, está te turvando a mente.

Ele se obrigou a pegar a mão dela e beijar, como ela esperou que ele fizesse ao colocar a mão sobre a mesa. Velhos hábitos deveriam ser seguidos, claro.

_Você está certa, como sempre...a morte de Eugênio mexeu muito comigo. Não tinha pensado nesta possibilidade do Divino ter matado o Eugênio...muito menos de ele ter mandado colocarem as escutas no meu carro..._instigou se fazendo de surpreso.

_Pensaria nisso, pois sabe como o Divino era invejoso...aliás, todos os seus colegas, aquela corja de incompetentes têm inveja de você! Inveja da sua relação com Olavo, inveja do seu casamento de sucesso comigo, inveja de ser o melhor investigador daquele departamento...

EM VOCÊ...EU CONFIO!-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora