CAPÍTULO 29

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Adriano respirou fundo mais uma vez tentando pensar rápido, pois realmente estava no covil de três lobos bem traiçoeiros e prontos para atacá-lo, ludibriá-lo, enganá-lo!

Ali estavam a sua esposa disfarçada de esposa perfeita...a sua cunhada homofóbica louca pra detonar todos os gays do mundo após ter sido trocada por um homem...e Olavo adorador confesso de Pâmela e, por isso, seu cachorrinho de estimação.

O que Olavo seria capaz de fazer pra agradar Pâmela? A pergunta surgiu de supetão na mente de Adriano e o deixou realmente incomodado.

"Seja cordato...seja doce...seja humilde...deixe eles desarmados com a sua não ação...", Adriano repetiu para si mesmo como se fosse um mantra.

O investigador focou na memória de  Eugênio...focou na figura cativante de  Márcio sendo obrigado a se afastar da própria mãe, isso depois de ter perdido o amor de sua vida... e, por que não, focou em sua irmã Maria que o estava ajudando tanto tomando conta de Márcio.

Pâmela praticamente correu até ele com seus passinhos delicados e a expressão ainda aflita:

_Querido, onde se meteu que estamos aqui preocupados com você? Estou te ligando e você não atende, mandei mensagens, liguei pra todo mundo e ninguém te viu!

O coração de Adriano ficou torcendo para que realmente ninguém o tivesse visto...muito menos o tivesse  seguido.

Tentou aparentar naturalidade, pois sabia que a vida de Márcio dependia dele descobrir o assassino de Eugênio o mais rápido possível!

_Aluguei um carro e fui dar umas voltas, querida. Desculpe se te deixei aflita..._ele beijou levemente os lábios que lhe foram oferecidos.

_Pra isso existem os celulares..._era Patrícia de braços cruzados e semblante fechado o encarando como tentando descobrir se ele mentia._Quase mata a minha irmã de aflição!

Adriano teve que se virar para Patrícia e fazer cara de lerdo:

_Desliguei, acredita? Vacilo meu...perdoe-me, Pam!

_Não deveria deixar sua esposa nesta aflição._era a vez de Olavo repreendê-lo.

Adriano virou-se para o ex-amigo...o homem que fora o seu padrinho de casamento...também amigo de seu pai...e agora apenas cúmplice de sua esposa.

A vontade de jogar na cara de Olavo algumas verdades teria que  esperar.

_Você está certo, Olavo. Nossa, meu amigo, que bom que você veio logo para tranquilizá-la...

Pâmela falou sem perder tempo:

_Mas é claro que veio! Ele viu como eu estava desesperada ao telefone...Olavo é praticamente da família... Ele foi o nosso padrinho de casamento...

Adriano teve que usar todo o seu talento de artista para atingir o seu objetivo: retornar ao departamento de polícia e conseguir mais informações sobre os assassinatos de Divino e Eugênio.

_Pois é, meu amigo...Fico feliz por ver que é tão compreensivo com o meu caso...você viu o meu laudo, Olavo...

O patrão o interrompeu:

_Laudo, que laudo? Do que você está falando?

Adriano ficou atento àquilo!

_O que a Pâmela lhe entregou sobre mim...o laudo da psicóloga...

EM VOCÊ...EU CONFIO!-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora