CAPÍTULO 28

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


No caminho de volta pra casa, Adriano fez questão de andar na velocidade mínima.

O investigador não tinha desejo nenhum de chegar em casa. 

Por outro lado, o seu coração o puxava pra dar meia-volta e ir atrás de Márcio...mesmo que isso significasse enfrentar Maria mais uma vez!

Mulheres, pensou o investigador...não perdoam coisas desse tipo e se lembrarão disso até se vingarem! Adriano torceu para que ela tivesse ficado satisfeita, pois realmente ainda doía o seu rosto pelas bofetadas. Maria estava longe de ter mãos leves!

Por um momento, ficou imaginando como Márcio avaliaria aquilo...perceber que o investigador era um homem estúpido o bastante para não ver todas as evidências apresentadas pela irmã contra Patrícia! Fora realmente um tolo, concluiu. 

Pobre Maria...ele imaginava o quanto ela ficara triste por perceber que ele jogava a amizade sagrada entre irmãos no lixo apenas pra dar o seu coração a sua futura esposa? 

Na época pareceu o certo a se fazer! Achou  que o certo era doar-se de corpo e alma para aquela mulher!

A quem ele queria enganar? Casara-se com uma mulher perfeita, se tornaria o marido perfeito e teriam uma vida perfeita?

Ele não se apaixonou por Pâmela realmente, concluiu...Podia ter se encantado por uma mulher perfeita como aquela ter se apaixonado por ele, mas ele se apaixonar...amar...Pura ilusão!

Segredos do subconsciente ignorados há anos pareciam começar a acordar.

Adriano se apaixonou pelas camisas lavadas e passadas arrumadas no seu armário...pela comida sempre quentinha e gostosa...tudo sempre organizado para fazer o maridinho feliz, realizado como esposo dela...se encantara pelos mimos que ela fazia pra  ele o fazendo se sentir o homem mais amado, mais adorado e paparicado do mundo...

"Mal acostumado, você me deixou, mal acostumado....", lembrou-se do trecho da música.

Pâmela fez com que ele acreditasse que seria tão sexualmente feliz com uma mulher, quanto  fora uma vez com um homem!

Qualquer pessoa que o tocasse daquele jeito o deixaria tão excitado e Pâmela provou isso...mas ele tinha que considerar que naquela época, até um vento por uma nesga da sua bermuda já o deixava excitado!

Não foi mérito de Pâmela, mas da sua própria essência jovem, hormônios masculinos à flor da pele, que o fizeram ir se acostumando aos poucos a se relacionar e a se satisfazer apenas com uma mulher.

Ela beijava bem...ela se entregava totalmente...ela era cheirosa e macia...limpinha e atenciosa...

Pâmela sabia beijar...sabia se oferecer toda abertinha pra ele...e ele foi se acostumando...nada de anal, ela dizia e ele respeitava...acreditava que poderia ser feliz sem isso!

Pensava que um boquete gostoso e ele podia se ver, sonhar que estava  enterrando fundo num rabinho apertadinho...por que não? 

Comentara com os colegas sobre aquilo...

_Tá louco, cara? Eu falar isso com minha esposa e ela me mata enquanto eu estiver dormindo!_berrara um dos amigos numa mesa de cerveja.

_A minha eu tentei dedinho uma única vez e ela me disse que se eu quisesse conservar a minha mão, que nunca mais tentasse.!_gargalhara o outro._Que eu entrasse pela porta da frente, porque a dos fundos estava interditada pra sempre!

EM VOCÊ...EU CONFIO!-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora