CAPÍTULO 12

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Adriano parou o carro em  frente à  emergência do Hospital Municipal João Ricardo de Oliveira Tavares.

Márcio abriu a porta, saltou e já foi logo pegando uma das cadeiras de rodas que ficavam ali paradas para situações onde o paciente não pudesse caminhar.

O investigador ajudou o rapaz a acomodar dona Eva na cadeira.

Adriano viu Márcio entrar desesperado com a mãe que já murmurava palavras desconexas voltando a si.

O investigador  ficou olhando os dois sumirem pelo corredor enquanto ele e a sua surpresa com o que descobrira ficavam pra trás. 

Ainda era difícil acreditar que fora Márcio e não Eugênio quem havia feito os desenhos...

_Desenhista técnico-pericial._Adriano falara com Eugênio quando ele aceitou trabalhar para o investigador.

Eugênio respirou profundamente e talvez agora Adriano pudesse entender o porquê dele insistir tanto no quesito discrição e no sigilo total sobre a parceria que nascia entre os dois.

O jeito carismático e  responsável  de Eugênio logo o cativou e os dois se tornaram amigos...bons amigos...um amigo que agora Adriano acreditou que não conhecia realmente.

Como ele deveria chamar aquilo? Eugênio "vendia" os desenhos de Márcio para Adriano, só que Márcio não dera autorização para o namorado fazer isso...Márcio nem sabia de nada!

O investigador sentou-se em uma das cadeiras da recepção e ficou ali ainda em choque pelo que tinha lhe sido revelado pelo próprio desenhista!

Então Márcio, e não Eugênio, era quem fazia os desenhos...Adriano já repetira pra si mesmo mais de cem vezes!

Adriano fora ao apartamento de Márcio saber uma coisa e descobrira outra totalmente diferente!

Saber disso não diminuiu as dúvidas e os questionamentos do investigador, pelo contrário, só os aumentou.

Sabia Márcio das intenções do parceiro quando fazia os desenhos?

Sabia Márcio que Eugênio estava usando os desenhos dele para ganhar dinheiro?

Sabia Márcio que os desenhos dele revelavam a face de marginais procurados pela polícia?

Sabia Márcio que se não fossem os seus desenhos Adriano não teria chegado onde chegou em sua carreira?

A presença de Márcio meio desnorteado no corredor chamou a atenção do investigador.

_E aí? O que os médicos disseram?_apressou-se Adriano.

Márcio o olhou entre curioso e confuso.

_O que você  ainda está fazendo aqui? Já veio, fez o seu estrago, fez a minha mãe passar mal...agora pode ir embora. Se quer que eu agradeça, obrigado pela carona. Pode ir embora e nos deixar em paz, agora._bufou Márcio virando-se de costas pra ele como a avisar que a conversa entre os dois terminava ali.

Adriano ficou por um momento sem ação, imaginando se aquele era o momento para perguntar se ele sabia da utilidade do que desenhava...da mina de ouro que tinha nas mãos através de seu dom!

Sim, concluiu Adriano...aquele rapaz tinha um dom muito especial nas mãos!

Preferiu não dizer nada. A conversa seria longa e não convinha a um corredor de hospital dizer algo que deveria ser  tão sigiloso.

EM VOCÊ...EU CONFIO!-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora