A Maldição da Floresta - AMF vol. 1 (COMPLETO)

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Sugestão Musical: Gotta Be Somebody (Nickelback)

Eu terminei os curativos do Evan e fui em direção à estufa para ver como o Noah e o Levi estavam indo. Depois da aventura em Zhetar, eu decidi parar com a investigação para deixar a situação se acalmar. E eu ainda evitava pensar nas consequências das minhas brincadeiras.

Por meio de algum milagre o Evan permaneceu em casa. Ele estava melhor, mas eu ainda queria observá-lo. Eu sentia que o seu pai podia rastreá-lo e dessa vez eu sabia que ele o encontraria.

Para evitar isso, eu decidi dar atenção para algo normal e consertar a estufa de vez.

O trabalho estava quase pronto, pois eu já podia usar um pouco mais da minha magia. Mas eu estava inquieta. Com a viagem à Zhetar, percebi que meus poderes estavam fora do meu alcance, como se eu não tivesse um bom acesso a eles.

E eu não sabia como reverter isso.

– Então, finalmente estamos acabando.

Olhei ao redor apoiando a mão na cintura.

– Eu achei rápido! – Levi falou posicionando algumas plantas.

Me aproximei dele por trás e o suspendi no ar. Ele estava mais pesado, crescendo rápido demais. Isso fez uma parte do meu coração se encher de ternura.

– Claro que achou, você foi o que mais se divertiu – ri e coloquei no chão.

– É porque a diversão sempre nos acompanha. – Noah falou piscando para o menino que piscou de volta.

Olhei para ambos enquanto eles sorriam como se fossem cúmplices.

– Vocês não estão amigos demais? – Brinquei.

Peguei os livros que estavam na bancada e fui colocá-los nas prateleiras para ver se não faltava nada. Eles foram uma das piores partes, ter que consertá-los e depois conferir se não faltava nada foi trabalhoso demais.

Eu me estiquei para tentar colocar o último livro na prateleira, mas não alcancei e precisei levantar meus pés. O Noah apareceu atrás de mim para me ajudar. Ele pegou o livro da minha mão e não teve muitas dificuldades de alcançar a prateleira mais alta colocando o livro no lugar.

– Obrigada... – agradeci contendo um sorriso.

Eu tinha consciência de que o Levi estava ali e isso me deixava envergonhada. O Noah piscou para mim e sorriu se afastando. Por precaução, eu fui na direção oposta, como se eu pudesse sentir que ele tentaria me prender em seus braços.

Depois de olhar para trás, seu olhar não me deixou dúvidas.

– Acho que agora alguém precisa de um banho! – falei olhando para o Levi.

Ele olhou para os lados como se procurasse alguém.

– Está procurando a banheira?

– Ah, Khess! Eu nem estou tão sujo... – respondeu cabisbaixo.

– Tão sujo – Balancei a cabeça como se não tivesse ouvido aquilo.

Noah riu atrás de mim, mas não disse nada.

– Você não pode ficar sujo desse jeito. – falei olhando de forma mais séria para ele.

– Se você fosse um elemental da terra eu ainda te apoiaria. – Noah o consolou. – Mas a Khéssia está certa.

Levi revirou os olhos soltando todo ar do seu pulmão, o Noah foi até ele e se abaixou dizendo algo no seu ouvido.

Os olhos do garoto brilharam.