A Maldição da Floresta - AMF vol. 1 (COMPLETO)

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Sugestão Musical: Ligação (Nx Zero)

Continuei observando.

– Olá, Khéssia.

– Como sabe meu nome? – perguntei desconfiada.

Ela abriu um sorriso.

A menina alternava entre sussurrar dentro da minha cabeça e falar normalmente. Eu não tinha nem palpite para o que ela era. Ela não tinha aura e sua magia era quase imperceptível. Será que era um espírito da floresta?

Argh. Quanto mais o tempo passa, mais estranha fica a minha vida.

Eu nem sabia porque ainda me surpreendia.

– Você é bem conhecida de onde eu venho.

Ela sumiu.

Senti um arrepio na minha nuca. A magia se agitou.

Khéssia, Khéssia, Khéssia! Ela cantou na minha cabeça.

A vi em pé em outra pedra.

– De onde você vem? – Perguntei.

A garota deixou de sorrir e sumiu de novo.

Ela apareceu ao meu lado e eu tentei não me surpreender.

Ela parecia desconfiada e sempre olhava para as sombras que se chocavam com a barreira invisível de Towlte.

– Você faz muitas perguntas. – respondeu irritada.

Franzi o cenho.

A criança apareceu, literalmente, no meio do nada enquanto sombras tentavam me consumir e esperava que eu agisse normalmente?

– Você já achou o que procura.

Estreitei os olhos em sua direção.

Como ela poderia saber o que eu estava procurando? Será que estava me observando desde que me aproximei de Towlte?

– Você só precisa ser poderosa.

Sua frase veio com desdém.

– Você sabe que eu sou.

Minha resposta fez ela me analisar de cima a baixo, quando pareceu concluir sua análise, ela retorceu o rosto. Parecia descontente, eu levantei a cabeça confiante.

Ela andou na minha direção.

Sumiu.

Reapareceu na minha frente.

Esticou sua pequena mão e me tocou.

Você se limita, murmurou com desprezo.

Arregalei os olhos e abri a boca. O seu toque distorceu os meus pensamentos me impedindo de formar qualquer ideia, eu suei frio quando sua mão pousou no meu peito.

Uma luz me cegou momentaneamente.

Quando me acostumei e abri os olhos, fiquei boquiaberta com o que vi.

A menina já estava longe apenas observando.

Encarei meus braços e puxei o vestido para ver melhor a pele. Quanto mais eu observei, mais caiu a ficha que era real. Tinha uma série de símbolos gravados ao desenho fixo de correntes. Esfreguei minha coxa e o meu braço, mas os desenhos não sumiram.

Eles emitiram uma luz em um ritmo cadenciado.

Franzi as sobrancelhas.

Era o feitiço de contenção.