24. Encaminhamentos

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Ainda no continente de Elementor, no país da Terra, as bruxas optam por fugir e recuperar suas forças, logo após presenciarem uma demonstração de força do príncipe herdeiro de Celestian, a quem elas tanto subestimaram. À convite da Imperatriz da Terra, Shiffom e Relva decidem aguardar mais um dia para retornarem à Celestian e após se estabelecerem no abrigo subterrâneo dos anões, eles se dirigem à uma sala para uma conversa particular com Sibila. 

_ Me perdoem por não proporcionar a vocês a devida recepção. Celestian tem minha eterna gratidão por expulsar aquelas entidades demoníacas do nosso lar. – Diz Sibila.

_ Não precisa nos agradecer, essas bruxas já se tornaram um problema a nível mundial. – Diz Shiffom.

_ Infelizmente, perdi cinquenta por cento dos operários das minas da subcidade. O País da terra chora pelas vidas ceifadas injustamente e teme pela decisão que serei forçada a tomar. – Diz Sibila.

_ Que decisão? Eu achei que boa parte dos civis tinham sido evacuados à tempo... – Diz Relva.

_ E foram, mas a perda de metade dos trabalhadores causou muito dano material e perdas emocionais irreparáveis para nossas famílias. Serei obrigada a fazer um pacto com o próprio diabo para reerguer a Terra Rúnica. – Diz Sibila.

_ Isso não me parece uma boa decisão, apesar de ser a única que vocês possam tomar. Quem é esse diabo a quem vocês tanto temem? – Pergunta Shiffom.

_ O Imperador do fogo, ele se auto proclamou governante supremo de Elementor e está usando todo o seu poder para expandir o território de Fireland. Alguns informantes me disseram que ele já removeu até mesmo os guardiões elementais do caminho, me pergunto se ele também estaria por trás do ataque à Acquaria... – Diz Sibila.

_ Não, não foi ele! Ao menos não diretamente. Mas isso não o impediu de tirar proveito da situação para escravizar o meu povo! – Diz Yara, entrando bruscamente na sala.

_ Yara, eu disse que você não poderia entrar, a imperatriz da terra me disse claramente para... – Dizia Dylan, até ver que os olhares de todos ali presentes estavam voltados a ele e Yara.

_ Sibila, há quanto tempo... é um prazer revê-la. – Diz Yara, fazendo uma pequena reverência.

_ Yara! O prazer é todo meu! Por favor não se curve a mim, falhei com você e com nosso continente. De alguma forma, aquela bruxa descarada tomou o prisma ecoante de mim e usou para fins maléficos. Rendo graças e louvores aos guardiões e ao irmão ancestral Elias por ter enviado essas pessoas de Celestian a nosso socorro! – Diz Sibila, interrompendo a reverência de Yara e a levantando.

_ A energia vital daquela bruxa, com quem lutei, ficou ainda mais poderosa após usar o prisma. Eu podia sentir que antes disso ela não estava dando tudo de si, ou não podia... – Diz Relva.

_ De alguma forma ela o usou para ressuscitar aquele monstro gigante. Mas agora o prisma já está em nossa posse novamente. Devemos protegê-lo! – Diz Yara.

_ Protegê-lo das bruxas? Acho que o objetivo delas com o prisma já foi concluído, caso contrário teriam o levado consigo. – Diz Shiffom.

_ Do Imperador Fahrenheit, agora ele controla todas as fronteiras ao redor do país da Terra, não irá demorar até que ele saiba deste conflito e envie seus subordinados para cá. Afinal, de alguma forma, ele sabe que o prisma está em nossa posse, e o quer para si. Temo que ele o queira para destruí-lo, removendo assim por completo os guardiões elementais. – Diz Sibila.

_ Espere, você disse Fahrenheit? Este é o nome do Imperador de Fireland? Ele não é o... – Diz Relva, sendo interrompida.

_ Relva, por favor! Não é hora para recordações da sua longínqua juventude. – Diz Shiffom.

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