47. Segunda Chance

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Na noite do mesmo dia em que a sereia Yara chegou na capital dos anjos, a atual regente de Celestian deixou o continente em uma aeronave acompanhada de alguns dos melhores agentes que a CEL's tinha para oferecer, já que Relva se negou a ter novamente a companhia de Shiffom após seu último diálogo com ele. Além disso, o Arcanjo Miguel também insistiu que ela levasse alguns membros da guarda real consigo, e assim foi feito, para garantir que o único membro da família do rei permanecesse seguro.

A má fama de Relva foi por anos motivo suficiente para fazer o povo ignorar o fato de que ela é e sempre foi princesa de Celestian, irmã da antiga soberana, a rainha Clérion, e ignorar o título com o qual deviam chamá-la. Entretanto, assumindo para si a autoridade política e o papel de regente do continente, a tia do rei também obrigou todos do reino a aceitarem-na como membro legítimo da família real.

_ Toda velocidade à frente! Quero chegar em Animarium antes do amanhecer! – Diz Relva.

_ Não se preocupe, alteza. Pegaremos a rota mais curta, voando por detrás do vale da lua e não sobrevoando Elementor. – Diz o piloto.

_ Ótimo! Assim poderei ver em que estado se encontra o continente dos animais. Faz anos que não vou àquele lugar. – Diz Relva.

_ Se o comandante Shiffom estivesse aqui, ele iria preferir fazer a rota mais longa, pois também é a mais segura. A cadeia de montanhas do vale da lua impede que os ventos árticos cheguem ao continente de Celestian, o que significa que atrás dela esses ventos são impetuosos. Será um voo turbulento, mas nada suficiente para nos tirar da rota. – Diz o copiloto.

_ Mas ele não está aqui, felizmente! Não me importo com algumas turbulências desde que eu chegue ao meu destino o mais rápido possível! Agora se me dão licença, vou retornar ao meu assento. – Diz Relva, se retirando da cabine do piloto.

_ Tem toda, Alteza. – Dizem os agentes na cabine, em uníssono.

Enquanto isso, no palácio real de Celestian, os cuidados com a saúde de Afrody eram realizados por Rafael e Castiel, sendo supervisionados por Sabrina e Yara, a pedido da própria Relva, que apesar de ter o Arcanjo das Fronteiras como um grande amigo, ainda não confiava, com razão, no Arcanjo da cura. O rei não recebia muitas visitas, afinal, poucas pessoas sabiam sobre a sua atual condição, porém, em dias calmos como esse, os filhos do comandante Shiffom aproveitavam para checar se houve algum avanço no caso clínico de seu amigo de infância.

_ Isso é mesmo necessário? – Pergunta Yara.

_ Sim, todas essas injeções no rei garantem que seu estado físico permaneça estável. – Diz Rafael.

_ Sei que estão preocupadas, mas isso é necessário. – Diz Castiel.

_ Nunca me acostumarei com todos esses aparelhos e fios no Afrody. – Diz Sabrina.

_ Eu espero não estar interrompendo, mas a gente pode ver nosso amigo agora? – Pergunta Shion ao abrir a porta dos aposentos do rei, juntamente ao seu irmão.

_ Yara? Eu não sabia que estava aqui! Se eu soubesse, eu teria... – Dizia Dylan, até ser interrompido por sua irmã.

_ Teria feito o que? Se arrumado um pouco mais? Oh céus! Você veio ver seu amigo doente, tenha o mínimo de respeito! – Diz Shion, dando um tapa no braço do irmão.

_ Tá bom, tá bom! Eu só fiquei surpreso... – Diz Dylan.

_ Eu sei que ficou! – Diz Shion.

_ É bom ver você também, Dylan... e Shion. – Diz Yara, de braços cruzados.

_ Achei que não viriam mais... – Diz Sabrina, desviando o olhar de Shion após perceber que estava ficando vermelha.

_ Você sabe como é... tivemos que fazer relatório de tudo que vimos e ouvimos durante o ataque daquele duende desgraçado! Você está bem, Sabrina? – Pergunta Shion.

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