Capítulo 32

439 42 20
                                    

- Você tem certeza, Deidara? - Temari gritou no celular. Naruto freiou bruscamente.

- O que foi? O que foi? - Naruto perguntou, agoniado.

- Certo, cara. Esperem aí. - Temari se despediu e desligou o celular - Deidara e Gaara acharam uma arma sem balas e uma correntinha na beira da estrada, acham que é de Sasuke. Você pode reconhecer?

- Cara eu não reparo na porra de uma correntinha! - Naruto berrou, apavorado - Afinal, pra quê eu iria reparar nisso?

- Mas até agora é a nossa única alternativa. - Temari disse buscando o caminho no gps. - Agora segue.

Quando chegaram no local, já estavam Deidara e Gaara, com mais três carros, e dez homens.

- Onde ele está? - Naruto perguntou, afobado

- Não sabemos - Gaara negou - Esperávamos vocês.

Naruto olhou em volta. Só havia mato.

- E onde vocês esperam que ele esteja? No meio da pista? - Perguntou irônico - Dando tchausinho e esperando para ser salvo? - Berrou - Cara é o meu homem  que está por ai com um bando de filhos da puta, e eu não consigo nem salvá-lo!

- Se acalma - Deidara aconselhou - Vocês sete, entrem na mata da direita, se acharem, atirem para o alto. Vocês três vem com a gente na mata da esquerda - Ele odernou os guardas - Vamos.

Naruto sacou a arma e entrou com os outros na mata. Estava tudo escuro. Deidara ia na frente, com a lanterna do celular, e Gaara atrás, com uma mini lanterna de chaveiro. Todos andavam sorrateiramente, e pelo silêncio, cada galho quebrado era um silêncio estrondoso. De repente, ouviram uma música e sacaram as armas; mas era apenas o celular de Temari.

- É Shikamaru - Sussurrou.

- Ficou louca? - Naruto perguntou - estamos no meio de um resgate!

- Ele é amigo do moreno cara, merece saber - Gaara aconselhou.

Naruto olhou para os lados, para a mata fechada, e para o escuro.

- Rápido. - Disse.

Temari atendeu, e ficou menos de dois minutos falando com Shikamaru.

- Ele está desesperado - Falou, com a voz embargada - chorou muito. Quer vir mas eu não deixei. Mas quer receber notícias.

- Não vai receber se não andarmos - Naruto recrutou, e consultou o relógio. Quase duas horas da manhã, e nada de Sasuke.

Sentiu suas entranhas revirarem.

Cada minuto sem Sasuke era como uma eternidade. Sua vida não teria sentido algum seu garoto não estivesse presente; Lembrou-se de como o conheceu, na sua casa depois de ter escapado por pouco da polícia, e depois, de tudo o que passaram, e nem parece que foram apenas quatro meses. Sasuke já representava tanto para ele que era impossível se imaginar sem tê-lo por perto, sem ter a seu pequeno para proteger, e para cuidar. Se lembrou das festas,  da fuga, e da boate, e de tudo. E sentiu saudades dele.

(...)

Sasuke estava desesperado. Seu corpo clamava por descanso, enquanto o homem de olhos claros o castigava com cintadas pelo corpo. Sentia frio,  fome, sede,  sono,  cansaço, e medo. Seu maxilar havia inchado, e levou um chupão nojento e molhado no pescoço. Seus braços e pernas estavam todo marcados, e ele se sentia sujo.

- Agora aprendeu a ser um garoto obediente? - Neji perguntou, sarcástico.

Os braços e as pernas de Sasuke ardiam.

- Quando o Naruto te achar vai acabar com você! - Berrou.

- Acha mesmo que ele está atrás de você? - Neji riu, cruel - Pra ele, você é só mais um pirralho, se liga!

 O PREÇO DO ERROOnde histórias criam vida. Descubra agora