Acordei e olhei pro meu celular. 10:07. Me levantei e fui tomar um banho quente já que tava frio. Enrrolei uma sacola no meu pé pra não molhar o gesso.
Saudades do Mcdonald. Acho que o atendente do drive-thru deve tá sentindo minha falta.
Sinto falta do Mc Lanche Feliz. Sim!! Eu comia Mc Lanche Feliz !! Algum problema? Me processem!
Aí agora me deu até fome.
Sai do banheiro e coloquei uma blusa de lã branca que vai até minhas coxas e uma leg preta. E uma meia de pandas.
I Love Pandas !
Eu sou um panda!! Um panda ruivo e divo.
Desci as escadas com o maior trabalho por causa das muletas. Cheguei na sala e cai no sofá.
- PEETEEER !! - nenhuma resposta. - PEETEEER SEU GAY QUE USA PANTUFA DE LEÃOZINHO!
Um Peter só de calça moletom, isso mesmo, sem camisa! E uma vaca no sio só de camisola grudada no seu pescoço igual a carrapato. Estreitei os olhos na sua direção que só me olhava com cara de vaca, sua cara. Olhei para o Peter e a piranha desgrudou do pescoço dele.
- To com fome, arruma alguma coisa pra mim comer.
- Tá madame. - disse dando um sorriso sou-gostoso-me-leva-pra-cama. - Mas você vai me ajudar.
Claro né, porque a vida não tá fácil pra ninguém.
- Me leva! - disse levantando os braços na direção dele. Ele me pegou no estilo noiva e a loira me olhou com cara de recalcada. Chupa kirida.
Ele foi andando comigo até me deixar no balcão. Ele me olhou e colocou as mãos do lado das minhas coxas. Suspirei.
- Você aprontou ontem hein? Você faz sentido daquilo que te chamam quando quer. E eu gosto disso. Mas você não quer nada comigo! É sempre tão fria. E pelo que você me disse, tem sentido ser assim. Mas, me deixa quebrar esse seu jeito de durona ? - ele disse me olhando nos olhos.
- Eu não vou baixar minhas defesas. E se não quiser assim do meu jeito, procura uma fácil, sem problemas. - disse erguendo uma sobrancelha.
Ele se afastou e começou a fazer um omelete. E eu cortei uns tomates. Pronto. Voltamos pra sala com eu no colo dele segurando o prato com o omelete. Ele me colocou no sofá e a loira chegou e sentou no outro com uma roupa mais decente. Comecei a comer e o Peter me deu um beijo na testa e saiu da sala. Quee fofoo !!
Terminei de cheguei perto da loira, ainda sentada.
- Ooh cara de camelo! - chamei e ela olhou. Eu não disse que é cara de camelo? Eu disse. - Qual seu nome infeliz? - ela me olhou feio e bufou.
- É Mandy. - nome de vaca, cara de vaca, uma vaca completa.
- Você gosto de ervas? - perguntei.
- Não! - ele disse ofendida. Eu ri.
- Wow!! Que vaca estranha! - eu disse e gargalhei com a cara dela. Ela levantou e subiu bufando.
Passei a tarde toda mechendo no celular e assistindo filmes na tv. Eu to com dor no tornozelo e não sei aonde o Peter colocou o remédio.
- PEETEEER SOCORRO!!! - gritei e o Peter entrou na sala de galocha e roupa que ele usa pra cuidar da fazenda. Ele abriu a boca pra falar alguma coisa, mas eu falei primeiro. - To com dor e não sei aonde você colocou o meu remédio. - ele levantou as mãos pro alto.
- Ah! Tá na cozinha! Vem comigo! - ele disse e esticou os braços pra mim.
- Não, valeu! - respondi quando entendi que era pra me levar no colo.- Tenho que esticar as pernas.
Levantei e fomos pra cozinha. Ele abriu uma gaveta e pegou uma cartela de remédios.
- Tá aqui. - ele me deu a cartela e pegou um copo pra por água.
- Eta remédio grande da porra ! - eu disse e ele riu. - Eu vou morrer com isso entalado na minha garganta. Sem zoeira! - tirei um remédio e coloquei na língua e peguei o copo da mão do Peter. Mas quando eu fui pegar o copo pra beber a merda do remédio caiu na porra do chão.
Me abaixei e o Peter abaixou junto. Quando fui pegar o Peter pegou junto e nossas mãos ficaram coladas. E nossos olhos se encontraram. Seria uma ótima cena de beijo pra filmes românticos. Mas eu não gosto de filmes românticos. Me levantei e coloquei o remédio na língua de novo. E como eu disse, engasguei. Que coco! Que merda! Que porra! Enquanto eu engasgava o Peter me olhava preocupado. E pegou o copo de água e me fez beber, e o remédio desceu pela garganta.
- Eu disse que ia engasgar!!! Eu disse! - eu disse alto e o Peter riu de mim. - Cala boca idiota. - dei um soco no seu braço e ele passou a mão fingindo dor. E eu comecei a rir também. E logo engasguei de novo. Ele me pegou pela cintura e me beijou. Um beijo calmo e cheio de desejo.
Ele soltou e riu de lado.
- Não sai! Porque sempre que a gente se beija você me deixa querendo mais. - ele disse e eu assenti concordando. - Pra mim você não é nenhuma gorda. Você é gostosa, linda e louca. E eu percebi que eu gosto de você assim! Não importa quantos ovos você coloque na minha pantufa, ou quantas vezes você me ameace. Você vale o risco. - ele riu. E eu tava odiando aquela demonstração de viadagem mas tá bom! É o Peter né. - E eu percebi que eu que você comigo, com esse seu jeitinho durona.
Ele me beijou de novo. Como é que eu posso morar com um ser desse? Minha defesa vai la em baixo. E isso não é bom. Mas parece tão bom. Eu gosto do Peter, mas até quando isso vai durar? Até quando ele vai me aturar?
Oooi estão gostando? Amanhã posto mais!! Votem e comentem!!!
Beijoos
Tia Candy
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Crazy [A EDITAR]
RandomUma garota insuportável, fria, marrenta, tanto que até seus país se encheram dela e a mandaram para uma fazenda de uns tios distantes. E é claro que ela odiou a idéia. E mesmo quando ela conheceu Peter não deu o braço a torcer. Mas até quando ela va...