Capítulo 4.

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CHARLIE'S POV

Eu ainda não consigo aceitar a morte de Helena, é como se tivessem arrancado uma parte de mim, sinto que estou incompleto.

Não tenho nada para fazer, então vou a biblioteca. Abro a porta da biblioteca e Ana estava lá, seus cabelos ruivos estavam soltos, ela usava um vestido rosa claro e parecia bem concentrada, até que percebeu minha presença.

- Charlie? Faz tempo que está ai? - Ela perguntou.

Entrei na biblioteca e fechei a porta atrás de mim.

- Não, tá lendo o que? - Perguntei.

- A história de rapunzel. - Disse Ana.

- Uma bela história. - Disse eu, caminhei até seu encontro.

Ana fechou o livro e me encarou e eu fiz o mesmo, Ana é tão linda, seus cabelos ruivos combinam com sua pele pálida e seus olhos azuis.

- Tô cansada de não fazer nada. - Disse Ana, ela cruzou os braços

- Eu também. Vamos passear pelo jardim? - Perguntei,Ana se levantou com um sorriso no rosto.

Saimos da sala de biblioteca rumo a porta que dá passagem para o jardim.

- Charlie, você não acha que devemos sair em público? - Sussurrou Ana.

- Você acha?

- Sim, minha mãe não para de falar que o povo fala que nosso casamento é falso.

Eu sorri.

- Você não acha que eles estão certos? - Ana e eu sentamos no banco do jardim.

- Mas não é para parecer, Charlie. - Ana sorriu.

- Talvez, a gente vá...

- O que é aquilo? - Ana apontou para o muro de planta.

- Um muro de planta. - Disse eu.

- Não, por trás do muro. - Ana continuava a apontar.

- Você tem algum poder de visão? Não estou exergando nada. - Disse eu tentando enxergar através das plantas.

- Tem uma passagem ali. - Ana apontou para a passagem.

Ana se levantou e caminhou até a passagem.

- Charlie! Corre aqui. - Ela me chamava com a mão.

Corri ao seu encontro e me encantei, o lugar parecia o meu esconderijo, um pequeno lago, muitas flores e árvores.

- Olha isso. - Ana apontou para o fim do muro, havia uma caixa de areia, um balanço e um escorredor.

- Para quem é isso? - Perguntei.

- Talvez para os nossos futuros filhos. - Porque ela lembra disso?

- Olha, tem um banco perto do lago. - Tentei mudar de assunto.

Caminhei até o banco e sentei, Ana sentou ao meu lado.

- As vezes penso em fugir. - Ana deixou seus ombros cair.

- Mas porque? - E eu sabia o motivo.

- Você sabe, as vezes eu queria ser livre, que nem os pássaros - Ana levantou os braços - viver a vida do meu jeito, sem regras.

- E se você fugisse, para onde iria? - Perguntei

- Eu não sei, não tenho nenhum lugar. - Ana riu. - E você?

- Eu?

- Sim, você.

- Existe um lugar atrás dos muros do castelo,é um esconderijo, acho que foi criado pela minha mãe...não sei, é muito parecido com esse lugar. - Disse eu.

Quando o Amor te Ensina a Amar.Onde histórias criam vida. Descubra agora