16- Trust me

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Nós corremos, corremos por aqueles corredores de pedra, passando por portas e mais portas que levariam a algum cômodo aleatório do castelo.

Porém finalmete eu senti os efeitos da semana que passei adormecido, meu corpo reclamava, mas eu encontrava um pequeno incentivo na mão do Kook, que permanecia junto a minha.

Quando finalmente saímos, nós estávamos no Jardim do castelo, pude ver a área dos dragões a minha esquerda.

Então como um clarão uma ideia surgiu na minha mente, comecei a puxar o Kook para a área dos dragões, mas ele tinha certa vantagem sobre meu corpo ainda não totalmente recuperando.

—Tae, eu não acho que é uma boa ideia você ver o Aponi agora, você sabe o que aconteceu da última vez. –Ele dizia enquanto fixava seus pés no chão.

—É por isso mesmo que eu tenho que ir lá. –Dizia enquanto parava em sua frente.

—Como assim? –Ele me olhou confuso. –Tae o que está acontecendo, você dormiu por uma semana, e quando finalmente volta, você está todo estranho.

—Eu não posso falar aqui, nós precisamos ir para um lugar específico.

–Mas você não conhece lugar nenhum em Elanya, eu nem te mostrei a cidade direito. Como você saberia para onde ir?

—É por isso mesmo que eu preciso falar com você lá, tem como você por favor vir logo?

Ele suspirou um pouco e me deixou guia-lo até a área dos dragões, nós subimos as escadas e nos deparamos com a Synorah penteado o pelo de um Dragão.

—SYNORAH! –Ao me escutar, ela se virou.

—Príncipe Taegir, o que está fazendo aqui? Você está bem? Quando acordou? O que aconteceu? –Ela soltava essas várias perguntas enquanto vinha correndo em nossa direção.

—Depois eu te explico Synorah, mas agora eu preciso do Aponi.

—O Aponi está preso, eles não vão me deixar solta-lo tem medo de acontecer a mesma coisa de novo.

—Eu me resolvo com o meu pai depois. –Kook arregalou os olhos para mim assim que escutou a palavra pai, provavelmente ele estranhou ela sair com tanta facilidade. –Só traga ele para mim, por favor.

—Se der problema para mim eu juro que vou puxar seu pé de noite.

—Vai dar tudo certo, confia em mim.

—Okay... EWEN! TRAZ O APONI.

Nós esperamos alguns minutos, até que o Ewen parecesse guiando o Aponi por uma coleira.

Na hora que ele nos viu, ele veio correndo em minha direção, porém ele acabou soltando o Aponi também.

Quando ele percebeu já era tarde demais, o Aponi decolou para o céu, e começou a rodar em círculos, vindo em nossa direção, os cabelos de Synorah estavam tão vermelhos quanto o fogo, ela gritava com Ewen enquanto pegava um escudo enorme para tentar nos defender.

Ewen se escondeu atrás da Synorah, que veio correndo em nossa direção, tentado nos fazer ficar atrás dela também.

Assim que eu senti o Kook me puxando para trás do escudo, eu olhei para ele e apertei sua mão.

—Tae... O que você tá fazendo?

—Eu não acredito que você está com medo do Aponi.

Quando eu falei aquilo a expressão de Kook se tornou ainda mais confusa, o que é bem compreensível.

Synorah tentava ao máximo me convencer a me esconder atrás dela, porém eu insistia que não era necessário.

Quando o Aponi finalmente pousou a nossa frente, eu senti que o Kook apertou com força a minha mão. Porém ele relaxou assim que o Aponi se deitou a nossa frente, oferecendo suas costas para nós subirmos.

Puxei o Kook e montei no Aponi, porém ele soltou a minha mão e ficou parado, me olhando confuso, talvez até assustado.

—Tae... –Pude perceber que ele pegou o colar de sua mãe e começou a mexer nele com força.

—Eu preciso que você venha Kook, eu preciso que você me deixe te levar até lá. –Eu falava olhando para ele.

—Para onde Tae, você... Você nem sabe como chegar na cidade direito Tae.

—Após o portão principal do castelo, siga a estrada pela floresta, escolha a estrada que passe de baixo das Lavydis, as árvores iluminaram o caminho caso você tenha a permissão de se locomover pelas propriedades do castelo. –Na hora que eu falei, os olhos de Kook estavam arregalados, e sua pupila estava totalmente focada na minha. –Acredita em mim agora?

—Mas... Como?

—Só confia em mim dessa vez, okay?

Estendi minha mão para ele, que a segurou não muito confiante.

—Você sabe para onde ir Aponi. –Falei com o rosto rente ao couro do animal, que automaticamente levantou voo, nos levando para o lugar onde tudo aconteceu.

I Promise {KTH*JJK}Onde histórias criam vida. Descubra agora