19- Nostalgy

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O salão estava completamente diferente do normal, pelo menos o normal que eu presenciei como Tae, não como Taegir.

Uma parte de mim ficou chocado com a diferença que esse jantar tinha dos anteriores, a outra achou aquilo super normal, é muito confuso lidar com isso, é como se eu fosse uma única pessoa, porém com dois passados.

Nós seguimos em direção aos nossos lugares e começamos a nos servir, eu lutava contra mim mesmo, tentando raciocinar essas minhas novas memórias e como elas me deixam extremamente confuso em relação a quem eu sou... Ou era.

Olhei para o Kook por um pequeno estante, ele agora estava sentado ao meu lado, a comida em seu prato praticamente intocada, eu podia praticamente escutar as engrenagens de seu cérebro trabalhando.

-Aconteceu alguma coisa? -Aproximei meu rosto do seu.

-Não está com ela.

-O QUÊ? -Quando percebi o tom da minha voz, fiquei com tanta vergonha que assumi a tonalidade das asas de uma borboleta rubi... Como é uma borboleta rubi?

-Pare de gritar. -Ele olhou em volta, conferindo se ninguém estava nos observando. ‐Você pode não se lembrar muito bem, mas a sua querida avó, apesar de tentar, não sabe disfarçar. E basta olhar para ela, que se percebe a frustração em seus olhos, eu não sei se ela realmete pegou e perdeu, ou se alguém tomou dela, mas claramente ela não está mais com a chave.

‐Figo orgulhosa em saber que a inteligência da Edwina foi para você meu rapaz. -A voz da minha avó materna fez eu e o Kook levarmos um susto, ela estava em pé, atrás da minha cadeira e do kook, logo em seguida colocando a cabeça entre nossos rostos. -De fato ela não esta com a Velda, porém não foi por falta de tentativa da mesma.

-Como assim? -Minha pergunta a fez virar seu rosto para mim.

Engoli em seco e comecei a buscar os olhos do Kook, tentando desviar a minha atenção do olhar penetrante que a mulher a minha frente me lançava, seus olhos tão azuis quanto os de minha mãe, variavam entre tons de azul conforme a luz do ambiente ia se modificando devido ao teto encantado.

-Senhora Astride, está tudo bem? -A fala do Kook a fez parar de me encarar e mudar seu foco para ele.

-É claro meu bem. -Ela agia como se esse tempo que ficou me encarando simplesmente não tivesse acontecido. -Vão ao meu quarto depois de jantarem e tomarem um banho, então nós conversamos melhor, sim?

-Sim claro, estaremos lá. -Kook respondeu tranquilamente, não é possível que só eu tenha percebido o olhar que a minha avó me lançou.

-Ótimo! -Ela ficou ereta novamente e olhou para o outro lado da mesa. -Axel prenda esses cabelos logo, eles vão cair na comida. -Então se deslocou até onde o meu avô estava, fazendo uma trança em seus grandes cabelos loiros como palha.

[...]

-Vou preparar seu banho, tudo bem? -O Kook estava dentro do closet, separando roupas para que eu vestisse após o banho.

O jantar foi melhor do que eu pensava, após aquele incidente com a minha avó, eu pude presenciar uma parte da vida no castelo a qual não conhecia, ou simplesmente não me lembrava. As pessoas conversavam e cantavam alegremente, crianças, as quais eu não fazia ideia que as sextas vinham jantar aqui, brincavam de um lado para o outro, muitas vezes indo até a minha avó, que sorria todas as vezes que uma delas se aproximava, as pegando no colo ou simplesmente bagunçado seus cabelos. Meu avô ria com meu pai, os dois brindando uma quantidade incontável de taças de vinho.

-Hoje as pessoas pareciam, eu não sei, mais felizes. -Fui em direção ao Kook, que abria a torneira da banheira, fazendo a água já quente a encher rapidamente.

-O castelo fica assim quando os seus avós estão aqui. -Ele se aproximou de mim, tirando o broche da minha camisa e o colocando na bancada da pia.

-Por algum motivo isso me faz ter uma sensação de nostalgia. -Me sentei no pequeno pedaço de pedra que fica ao redor da banheira, como essa fica no meio do banheiro, eu fiquei observando o Kook andar de um lado para o outro, separando as coisas que eu supostamente preciso para tomar um banho.

-O castelo era sempre assim quando... Você sabe. -Suas mãos seguraram o colar em seu pescoço por alguns poucos segundos.

-As memórias do Taegir me deixam tão confuso, é como se eu fosse ele, mas ao mesmo tempo não fosse. -Comecei a rodar o anel em meu dedo, na esperança de ele magicamente fazer eu me sentir mais "acostumado", com isso tudo, e me tranquilizar, assim como fazia com o Kook.

-Vamos falar sobre isso depois, você tem que tomar banho logo, a Senhora Astride está nos esperando.

-Eu queria falar exatamente sobre isso com você, hoje mais cedo, ela me olhou de forma estranha... Como se ela estivesse me analisando, eu não sei.

-Jura? Nossa eu nem percebi. -Ele veio em minha direção de novo, agora começando a abrir os botões de minha camisa.

-Você sabe que eu consigo desabotoar a minha própria camisa, não? -Brinquei o fazendo se afastar.

-Foi mal, é que esses dias eu acabei fazendo isso muitas vezes. -Ele colocou a mão atrás da nuca.

-O que? -Abracei meu próprio corpo. -Seu pervertido, safado.

-Para com isso Tae, que ódio. -Ele me deu um pequeno soco no ombro. -É óbvio que eu fiz isso, quem você acha que cuidou de você durante essa uma semana que você ficou apagado?

-Eu esqueci desse detalhe.

-Percebe-se. -Ele se virou e seguiu em direção a porta do banheiro. -Daqui a uma hora eu volto, esteja pronto.

Ele saiu do banheiro e depois eu escutei a porta do quarto abrindo e fechando. Um sorriso inconsciente se formou em meu rosto.

-Entao quer dizer que você me deu banho, ein? -Falei comigo mesmo antes de apoiar a mão na borda molhada da banheira e acabar escorregando para dentro dela. -Francamente.

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Eu sei que tá curto, eu sei
Mas como alguns de vocês sabem, eu estou no terceirão, e esse final de ano está me esgotando muito

Esse capítulo está horrível na minha opinião, tá muito sem nexo e confuso, mas eu não posso deixar vocês tanto tempo sem nada

Muito obrigada de verdade pelas 450 visualizações, vocês não tem noção o quão bem isso me faz

Muito obrigada novamente por não desistirem de mim e dessa fanfic, ela pode parecer meio confusa, mas eu estou fazendo o meu melhor para não criar algo mirabolante demais

No final vai tudo fazer sentido, as peças vão se encaixar, mas eu peço que vocês tenham paciência

Muito obrigada de novo

Bye
💜

I Promise {KTH*JJK}Onde histórias criam vida. Descubra agora