ROMANCES MENSAIS
LIVRO IX – CONTRATO DE SETEMBRO
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CAPÍTULO XVII - AMEAÇAS
Desde que era muito nova, meu pai sempre declamava nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. E era exatamente por isso que quando eu estou diante de um desafio, eu prefiro ser ofensiva do que pensar demais sobre o assunto e acabar desistindo.
Meus votos a Daryl haviam sido verdadeiros. Durante todos os dez anos que ele se manteve afastado, eu o desejei como ninguém e sempre fui muito sincera com ele sobre os meus sentimentos. No entanto, eu tinha ciência de que Daryl dificilmente seria capaz de me ver como eu o via. Desde que nos conhecemos, eu sabia de sua dificuldade em se abrir com outras pessoas e foi por isso que sempre tentei não ultrapassar a margem de segurança e a sua zona de conforto.
E era por isso que ouvir aquelas palavras tocantes e calorosas vindas do homem ao dizer seus votos de casamento me pegaram de surpresa. Eu não sabia dizer se tudo não passava de uma atuação para convencer a todos sobre o nosso relacionamento ou se ele realmente estava apaixonado por mim. Tudo o que eu sabia era que, assim como meu pai sempre havia me aconselhado, eu deixei todas as minhas dúvidas e inseguranças de lado e simplesmente o beijei ao ouvir as palavras de Glenn.
Mas mais uma vez, Daryl me surpreendeu. O tocar brusco de nossos lábios logo deu início a um beijo intenso e de tirar o fôlego. Sua boca se encaixava perfeitamente com a minha e suas mãos grandes apertavam minha cintura com firmeza, trazendo meu corpo para mais perto do seu. Meu coração batia como um louco e o seu perfume forte amadeirado não ajudava em nada a controlar todas as reações de meu corpo.
Eu estava experimentando emoções ao mesmo tempo em um simples beijo. Era como se o mundo inteiro tivesse parado e restado apenas nós dois. E eu não me importaria nenhum pouco em permanecer toda a eternidade em seus braços se meus pulmões não começassem a implorar por ar. Então, mesmo à contragosto, nós nos separamos. Nossas testas se encostam uma na outra e enquanto nossas respirações se chocavam, permanecemos com os olhos fechados, aproveitando os efeitos que aquele beijo teve sobre nós.
Aos poucos, começo a me torna consciente do que acontecia ao meu redor e sorrio ao ouvir os gritos e aplausos de nossos convidados. Ainda atordoados, nós nos afastamos e trocamos sorrisos. Tudo parecia um lindo sonho, que eu esperava nunca acordar.
Daryl então pega em minha mão e sorri, cumprimentando a todos que continuavam a gritar e nos parabenizar. Glenn nos pede para assinarmos os papéis e em seguida é vez dos nossos padrinhos. Talvez fosse o fato de estar completando um mês desde a morte de meu pai ou por estar emocionada por viver um momento intenso como esse e não ter a minha irmã ao meu lado, mas eu não sabia definir o que eu sentia.
De uma maneira estranha, eu me sentia feliz e esperançosa. Queria acreditar que mesmo com nosso relacionamento iniciando de maneira torta, Daryl finalmente estava disposto a dar uma chance aos meus sentimentos. Por outro lado, eu também me sentia ansiosa e apavorada com o desaparecimento de Hugh e a falta de notícias de minha irmã.
Depois de cumprir todo o ritual da cerimônia para validar nosso casamento, os convidados foram orientados pelos meus primos a seguirem para as mesas que estavam reservadas para eles, enquanto os garçons serviam bebidas e aperitivos. Um DJ conhecido de Ally começa a tocar na festa, tornando o ambiente mais animado e divertido. Enquanto isso, Daryl e eu fomos levados pelo fotógrafo para tirar as fotos com os nossos pajens e damas pelo bonito jardim para o álbum de fotos.
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Contrato de Setembro
FanfictionApós a morte de seu padrasto e o desaparecimento de sua irmã mais nova, Beth Greene não teve escolha a não ser lutar para assumir a presidência das Corporações Puckett e impedir que o seu maquiavélico e ganancioso tio colocasse as mãos na fortuna da...