ROMANCES MENSAIS
LIVRO IX – CONTRATO DE SETEMBRO
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CAPÍTULO XXII - FANTASMAS DO PASSADO
Beijar Beth sempre era como estar em uma montanha de sentimentos. Eu sentia a meu corpo em chamas, roubando todo o meu fôlego e me fazendo experimentar aquela paixão incandescente que vemos em filmes adolescentes de romance. Tudo é único e intenso. Ela despertava em mim um desejo carnal que jamais senti com nenhuma outra mulher.
Suas delicadas mãos tremiam e apertavam minha camisa como se temesse que eu me afastasse. O aroma floral de seu perfume invade meu olfato e me embriaga, enquanto seu corpo aquecia o meu em meio a tempestade que continuava a cair intensamente do lado de fora da capela em que estávamos. Com as mãos firmes em sua cintura, eu me perdia nessa labareda e impetuosa paixão que parece ter tomado o controle de minha mente. Nossas bocas se fundiam de uma forma quase poética.
Ouvir com tamanha sinceridade que seus votos de casamento haviam sido sinceros me pegou de surpresa e trouxe um alívio que jamais imaginei sentir. Eu ainda me encontrava em estado de choque, tentando absorver todas as informações dadas pela garota ao mesmo tempo em que eu me sentia eufórico. Era como se eu tivesse voltado a minha juventude e estivesse vivendo o primeiro amor novamente.
Beth se aproxima mais e senta em meu colo em uma facilidade impressionante. Ela desliza a mão pelo meu tórax e começa a levantar a minha camisa. Eu sabia que estávamos indo longe demais e no local menos apropriado possível. Não bastava estarmos nos beijando intensamente em um cemitério, estávamos fazendo isso em frente a estátua de Jesus Cristo. Eu não era exatamente um homem religioso, mas estava ciente de que isso ia completamente contra as morais cristãs.
O grande problema é que Beth sempre parecia ter um efeito alucinógeno sobre mim que me fazia perder completamente a minha razão e a noção dos meus princípios. Na verdade, naquele momento, eu não conseguia pensar em nada além de experimentar mais daquela mulher que me tirava noites de sonos e me fazia cometer tantas loucuras.
Minhas mãos parecem ganhar vida e se movem automaticamente, dedilhando e gravando cada curva de seu corpo. Seus suspiros sôfregos e os movimentos insinuantes sobre meu colo não colaborava muito para manter meu autocontrole.
Impaciente, Beth desabotoa minha camisa social e a tira. Em seguida, a loira remove a própria blusa e volta a me beijar sem se importar com nada que acontecia a sua volta. Aperto-a mais contra mim e deslizo minhas mãos pelas suas costas, até chegar ao fecho de seu sutiã. No entanto, antes que eu prosseguisse com aquela loucura, o celular de Beth começa a tocar, fazendo com que um pouco de minha razão retornasse.
- Seu... celular. – Tento falar entre os beijos afoitos de Beth.
- Deixa tocar. – Responde a loira, disposta a ignorar quem quer que estivesse ligando naquele momento.
- Pode... pode ser... importante. – Digo, enfrentando uma luta ferrenha entre ouvir a razão ou dar voz aos meus instintos e a tentação que Beth me causava em diversos sentidos. Beth se afasta e me encara por alguns instantes, mas sorri ao ver que o celular parou de tocar.
- Pronto. Parou de tocar. – A loira volta a me beijar daquela forma envolvente que me tirava o fôlego e qualquer discernimento do que eu estava fazendo. Naquele momento, eu era apenas um ser dominado pela devassidão sexual. Mas, para o bem da minha consciência e para o meu histórico criminal, que definitivamente seria manchado se alguém aparecesse na capela, o celular de Beth volta a tocar.
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Contrato de Setembro
FanfictionApós a morte de seu padrasto e o desaparecimento de sua irmã mais nova, Beth Greene não teve escolha a não ser lutar para assumir a presidência das Corporações Puckett e impedir que o seu maquiavélico e ganancioso tio colocasse as mãos na fortuna da...