Encontros

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ROMANCES MENSAIS

LIVRO IX – CONTRATO DE SETEMBRO

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CAPÍTULO XI - ENCONTROS

Após terminamos a reunião com os meus primos, repassando todos os próximos passos para a divulgação de meu casamento com Daryl e o planejamento da cerimônia, tivemos que nos despedir e seguir para a casa de Glenn. E enquanto seguíamos para a casa do homem que era um completo desconhecido para mim, minha mente continuava a me torturar, repetindo diversas vezes as frases calorosas e encantadoras de Daryl depois de ter passado por duras ameaças de meus primos.

Não era novidade alguma para mim me sentir atraída por Daryl. Seu perfume amadeirado penetrante misturado a um fraco odor de cigarro funcionava como um calmante e um estimulante para mim. Sua aparência máscula e feroz despertava toda a minha atenção. E a personalidade, às vezes discreta, misteriosa e tímida, e outras determinada e poderosa trazia o ardente desejo de saber mais sobre ele.

Ainda assim, em minha mente, tudo não se passava de uma espécie de amor platônico bobo, uma forte atração física se persistia por tantos anos por Daryl nunca me dar atenção e me tratar como uma criança. Mesmo insistindo em minhas investidas e comentários lascivos, no fundo, eu sentia que eu jamais seria uma possibilidade para ele em seu coração. E estava tudo bem quanto a isso. Nunca me prendi a nenhum e mesmo sem nunca ter me apaixonado antes, eu sabia aproveitar a vida como ninguém.

No entanto, quanto mais Daryl deixa de ser um mistério para mim e começa a me mostrar o seu mundo mais envolvida e apegada a esse sentimento imaturo e dilacerante eu me sinto. É como se ele tivesse começado a ganhar forças dentro de meu peito. E tudo se tornar ainda mais incontrolável a cada vez que eu me torno o motivo de seu sorriso amável ou a responsável pelo olhar gentil e amável ou que me torno a pessoa que recebe suas palavras calorosas e frases apaixonantes.

O charme de Daryl, que antes era o seu ar misterioso, agora se tornou a sua doçura e sensibilidade. Ao contrário do que eu imaginava, o homem corpulento de expressões duras estava longe de ser a pessoa dominante que eu pensava que ele era. Para a minha surpresa, ele é o tipo de homem que se envergonha com facilidade e tem dificuldades para falar sobre relacionamentos. Ele também é o tipo de pessoa que cuida dos outros pelos bastidores, dando seu apoio de maneira singela, discreta e tocante.

Observo-o pelo canto do olho. Ele exibia um semblante pensativo, enquanto fumava calmamente. Com a janela do carro abaixada, seus cabelos nos ombros balançavam suavemente. O cavanhaque bem aparado davam um ar badboy ao homem e o deixava incrivelmente sexy. Mesmo depois de dez anos, não importava quantas vezes eu o olhasse, Daryl continuava a me afetar com toda a sua beleza e charme.

- Você se importa se pararmos em um lugar antes de irmos para a casa de Glenn? – Questiona Daryl, virando-se para mim.

- Não. Onde quer passar? – Pergunto, encarando-o com curiosidade.

- Eu estava pensando... – Daryl começa hesitante. Ele para por alguns instantes e me encara parecendo incomodado. Por fim, o homem volta sua atenção ao trânsito, fumando seu cigarro mais uma vez, antes de o apagar no cinzeiro do carro. – Apesar de concordar com essa loucura de casamento, eu ainda não te dei um anel de noivado. Então pensei que seria uma boa hora para comprar um para você.

- Você não precisa fazer isso. – Respondo, comovida com a preocupação de Daryl. – O casamento será daqui duas semanas. Seria um dinheiro gasto sem necessidade, já que teremos que comprar os anéis de casamento.

Contrato de SetembroOnde histórias criam vida. Descubra agora