ROMANCES MENSAIS
LIVRO IX – CONTRATO DE SETEMBRO
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CAPÍTULO VII – VERDADE
- Padrinhos de casamento? Você enlouqueceu?! Como pôde fazer algo tão irracional quanto convidar dois dos meus melhores amigos para serem padrinhos de casamento sem me consultar? E como eu vou explicar para as outras pessoas sobre nosso noivado repentino? Precisávamos ter conversado antes como adultos. Mas não! Como sempre, você está sempre fazendo tudo de forma imprevisível!
Daryl esbravejava, enquanto dirigia pelo trânsito intenso de fim de semana da cidade. Eu observava o homem, que fumava tentando se acalmar e continuava a me lançar olhares repreendedores, estranhamente encantada. Talvez eu estivesse agindo como masoquista ou minha irmã mais nova tinha razão em dizer que eu tinha um parafuso a mais ou a menos na cabeça, mas ao invés de me sentir intimidada por sua fúria, eu me sentia atraída.
A forma como seus músculos se destacava ao se contraírem conforme ele vociferava suas palavras bruscas sobre minhas ações impensadas e repentinas me faziam imaginar como seria ser carregada por aqueles braços grossos e definidos. Seu peito subia e descia forte a cada vez que ele inspirava e soltava a fumaça de seu cigarro era incrivelmente sexy.
Mas de tudo o que mais me atraía naquela cena era ver que ele finalmente estava começando a confiar em mim para expressar seus sentimentos. Acho que eu nunca o vi falar tanto de uma vez só. Essa também era a primeira vez que ele me enxergava realmente como uma mulher e não uma criança ou boneca de porcelana que precisa de cuidados o tempo todo.
- Você está me ouvindo? – Questiona, encarando-me assim que ele para o carro em um sinal vermelho.
- Já parou de show ou eu preciso deixar o bebê chorão terminar de fazer birra? – Provoco e ele me encara ainda mais furioso. Acabo rindo de sua expressão nada amigável e de seu rosto vermelho de raiva. – Eu te disse que você se casaria comigo. Era apenas uma questão de tempo. Então ao invés de ficar choramingando, vamos começar a pensar em como realizaremos a cerimônia e quem devemos chamar. Como você gosta de passar essa imagem de Batman, vivendo nas trevas, eu pensei em convidarmos umas cinquenta pessoas, entre elas meus primos, seus amigos, os sócios...
- Espera. O quê? Cinquenta pessoas? – Questiona o homem, surpreso.
- Eu sei. É pouco. Desses convidados, só da minha família vai pelo menos a metade. No entanto, tudo o que precisamos são de testemunhas para provar a legalidade da nossa união. Eu tenho certeza de que os investigadores do consulado irão estar presente para conferir se nosso casamento é verdadeiro, já que suas ações são muito suspeitas. É por isso que precisamos ser discretos, mas realizar uma cerimônia boa o bastante para convencer as autoridades americana que nós fomos feitos um para o outro. E por estar tão em cima da hora, eu vou pedir ajuda de minhas primas para organizar...
- Não, Beth! Ai meu Deus, onde eu estava com a cabeça quando aceitei essa droga? Eu não posso me casar com você. Isso é loucura! Você é bem mais jovem que eu e seu pai nunca me perdoaria se estivesse vivo. – Daryl fuma com ainda mais intensidade, demonstrando todo o seu desespero. Suspiro, revirando os olhos.
- Se você não se casar comigo, eu vou me casar com o Jimmy. – Retruco, decidida. Ele me encara assustado. – E você sabe que eu sou capaz de fazer isso sem nem hesitar.
- Ficou louca? Por que você vai se casar com o babaca do Jimmy? Ele é um mulherengo de primeira que nunca foi capaz de ter um relacionamento decente. – Daryl apaga a bituca de seu cigarro no cinzeiro do carro e acende um novo, voltando a dirigir, quando o sinal de trânsito volta a abrir. Ele parecia ainda mais atordoado naquele momento.
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Contrato de Setembro
FanficApós a morte de seu padrasto e o desaparecimento de sua irmã mais nova, Beth Greene não teve escolha a não ser lutar para assumir a presidência das Corporações Puckett e impedir que o seu maquiavélico e ganancioso tio colocasse as mãos na fortuna da...