ROMANCES MENSAIS
LIVRO IX – CONTRATO DE SETEMBRO
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CAPÍTULO XXIII - MEDO
E o dia finalmente havia chegado. O dia em que Hugh finalmente seria preso e pagaria por todos os crimes que cometeu. O dia em que minha irmã e eu nos veríamos livres do homem que tanto tem nos infernizado e sugado todas as nossas energias. Assim como o dia em que Ben e Mal competiriam no United States Figure Skating Championships.
Eu estava uma pilha de nervos desde que amanheceu. Atolada de contratos da empresa e o plano de apresentação da minha proposta à Michonne para revisar, eu nem mesmo pude perceber a hora passar. Se não fosse por Daryl batendo em minha porta, informando que estava na hora de irmos para o esconderijo de Sam e Freddie, eu provavelmente passaria a tarde inteira trancada em minha sala.
O caminho até o prédio que ficava em uma região mais calma da cidade foi bastante silencioso. Desde que fomos ao hospital para visitar Barry e Cait, o clima tem estado um pouco desconfortável entre nós. O fato de estarmos sempre ocupados e envolvidos com nossos projetos não nos deu a oportunidade de conversarmos nesses dois dias.
Sendo sincera, eu não estava preparada para ouvir uma rejeição de Daryl. Depois de encontrar com sua ex-noiva e ver sua reação, ficou claro para mim que Daryl ainda não era capaz de corresponder aos meus sentimentos e que Claire ainda mexia e muito com ele. No entanto, eu estava disposta a lutar por ele. Principalmente depois do que aconteceu no cemitério.
Eu não sabia dizer se Daryl foi levado apenas pelo calor do momento ou se meus sentimentos foram capazes de o atingir em meio àquele beijo necessitado. O fato é que eu senti que pela primeira vez desde que nos metemos nessa loucura que ele estava disposto a ir até o fim, ainda que isso significasse transar em uma capela no meio de um cemitério.
E era por estar me agarrando a essa faísca de esperança, que eu tentava manter as esperanças e não deixar o ciúme falar mais alto. Ainda assim, era difícil ignorar a expressão chocada de Daryl e a forma como ele pareceu não se incomodar em ter Claire tão próxima de si, quando sempre foi difícil para ele lidar com a invasão de seu espaço pessoal. Eu temia que ele acabasse com nosso casamento por ainda amar Claire e a querer de volta.
Para o bem da minha mente, que começava a me pregar peças perigosas que despertavam a minha insegurança, não demoramos a chegar ao nosso destino. Daryl e eu caminhamos em silêncio pelo prédio e entramos com a senha de acesso no portão de entrada que tia Tasha havia me passado junto com a localização do prédio.
Assim que chegamos ao apartamento informado pela agente da CIA, toco a campainha e ouço uma movimentação vindo do outro lado da porta. Daryl e eu nos encaramos por alguns instantes. Não estávamos brigados, mas ainda havia aquele sentimento de que havia um assunto inacabado entre nós, que precisávamos resolver de uma vez por todas.
Suspiro e desvio o olhar para encarar a porta. Por mais que eu quisesse, não dava para continuar fugindo dessa conversa para sempre. Ainda que doesse, nós precisávamos nos acertar e acabar com essas incertezas.
- Acho que nós precisamos conversar. – Aviso e posso sentir o corpo de Daryl ficar tenso. – Quando tudo isso acabar e tivermos certeza de que Hugh não irá mais nos incomodar, creio que precisamos conversar sobre nós.
- Tudo bem. – Ele concorda, mas parecia estar tão animado quanto eu para que isso acontecesse.
No mesmo instante a porta é destrancada. Respiro fundo para afastar qualquer traço de preocupação ou desanimo. Não era o momento para pensar em meus problemas. Minha irmã precisava da minha ajuda e eu tinha que ser o apoio dela. Assim, quando Freddie abre a porta, sorrio e o abraço apertado, sendo prontamente correspondida.
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Contrato de Setembro
FanfictionApós a morte de seu padrasto e o desaparecimento de sua irmã mais nova, Beth Greene não teve escolha a não ser lutar para assumir a presidência das Corporações Puckett e impedir que o seu maquiavélico e ganancioso tio colocasse as mãos na fortuna da...