Apaixonados...| Mark Lee

A florista

Lúcia terminou de regar o último vasinho de violetas. Já havia se passado dois dias desde que vira Mark, é claro que estava um pouco chateada mas com certeza Mark teria coisas mais interessantes do que Lúcia.

Já o anjo estava praticamente colado em Luce, ele não conseguia parar de observá-la. Sabia que precisava conversar com ela mas não queria, só queria seguir com os olhos cada movimento e passo de Luce. Assistir cada sorriso que ela dava e ouvir cada riso seu.

Entrou na floricultura vendo Luce de costas para si. Limpou a garganta vendo ela se virar e arregalar os olhos.

— Oi. — Mordeu o lábio inferior vendo a outra limpar as mãos no avental e sorrir largo.

— Mark, oi. — Luce se aproximou. — Que coincidência de novo. — Riu baixinho vendo Mark concordar. — Como posso te ajudar?

— Estava procurando orquídeas brancas. — Olhou ao redor observando cada arranjo e potinho de flores.

— Ah sim, são as minhas favoritas. — Caminhou até a estante atrás do balcão tirando um vasinho enfeitado. — Minha amiga diz que são flores de velhos. — Riu acariciando um pétala. — É para a sua namorada?

— Não, para um amigo meu. — Se aproximou do balcão. — Ele gosta muito de flores. — Luce olhou para o maior com um sorriso largo.

— Geralmente os homens vem aqui para comprar flores para as namoradas ou garotas que gostam, é muito gentil da sua parte. — Entregou o vaso para Mark que concordou.

— Quanto é? — Observou o vaso, realmente eram lindas mas nada se comparava a garota que estava na sua frente.

— É por conta da casa, por você ter me ajudado naquele dia. — Mark sorriu.

— Tem certeza? — Luce concordou sorrindo. — Você é a dona? — Olhou mais uma vez ao redor.

— Era do meu pai. — Levou uma mecha do cabelo atrás da orelha. — Ele amava trabalhar aqui, amava flores. Ele era o melhor vendedor, sempre gentil e educado. — Brincou com uma caneta que estava encima do balcão.

— Acredito que era mesmo. — Mark viu Lúcia suspirar e passar a mãos nos olhinhos. Sorriu levando sua mão até o rosto da morena acariciando a bochecha da mesma, ela era adorável.

Quando se deu conta do que havia feito se afastou observando Lúcia rir baixinho, as pontas das suas orelhas estavam vermelhas e seu coração batia forte. Nunca havia se sentido assim.