Apaixonados...| Mark Lee

Um homem de fé

— Eu...já estava fechando. — Desviou o olhar para as orquídeas. — Quer dar uma volta comigo? — Lúcia sorriu acanhada vendo Mark sorrir também.

— Adoraria. — O anjo pegou o vasinho e esperou Luce do lado de fora.

Caminharam em silêncio um ao lado do outro, Mark vezes ou outra desviava o olhar para Lúcia que sorria de modo tímido.

— Que linda. — O maior parou na frente de uma igreja que ficava no meio de uma praça.

— Quer entrar? — Assistiu Mark concordar com os olhos ainda focados no lugar.

Entraram e se sentaram nos fundos. O padre conversava com um casal de idosos enquanto as outras três pessoas rezavam.

— Você acredita em Deus? — Luce olhou para Mark que observava cada canto da igreja.

— Sim. — Ditou simples desviando a atenção para Lúcia. — E você?

— Não sei. — Deu de ombros suspirando. — Acho que são só histórias para fazer as pessoas se sentirem melhor.

— Você acha isso? — A morena concordou. — Mas você usa um crucifixo no pescoço. — Mark levou a mão até o cordão observando a pequena escultura de madeira.

— Era do meu pai, ele era muito religioso. — Tocou a mão de Mark que ainda segurava o cordão. — Ele sabia de tudo, e acho que nunca nem leu a bíblia. Antes de morrer ele me deu, acho que...— Suspirou voltando sua atenção para frente. — Acho que de alguma forma ele sabia que ia partir.

— Ele era um grande homem, tinha muita fé na humanidade. — Luce estranhou um pouco mas nada disse, apenas concordou.

— As vezes ele era tolo. — Luce sentiu seus olhos encherem de lágrimas e o nariz arder. Mark levou sua mão até a mãozinha da menor segurando a delicadamente.

Luce desviou o olhar para o moreno que depositou um beijo em sua testa, por incrível que pareça aquilo fez Luce se sentir melhor de um modo muito rápido, sentiu o peito leve e até sorriu.

Mark fazia Luce se sentir bem e confortável com tão pouco, ela se sentia segura e não precisava fingir ou forçar um sorriso. Ela gostava muito disso, e queria mais.