Representei e as garotas mais ainda, seis da manhã eu tava catando minhas coisas, abrir a porta do quarto e desci as escadas, tava tudo no silêncio, olhei pros lados e vi a mulher na cozinha, colocando café no copo.
Gomes: Coe, bom dia preta.- Ela me olhou de lado e riu.
- Ótimo dia pra você.- Falou abrindo a geladeira e eu fui me chegando.
Gomes: Como tu se chama mermo pô? - Me sentei ali na cadeira.
- Rebeca.- Falou colocando queijo em cima da mesa.- Quer comer?
Gomes: Rebeca... entendi! - Ela me olhou.- Vou não pô, valeu.
Rebeca: E tá sentado na mesa por que? Mete o pé, eu hein.- Encarei ela serinho.
Gomes: Ih cria, tá de marola? Tu acha que tá falando com quem? Te manca o, mandada.- Ela colocou as mãos na cintura, cheia de pose.
Rebeca: Tu manda lá fora e aqui dentro a moral é minha, mete o pé abusado! - Me olhou feio.
- Brigando com convidado, Rebeca? - Desceu o Faelzin, um dos caras mais escrotos do morro, mas eu tava ligado que ele era chefe desse esquema.
Que na real, eu nem me ligava muito nem procurava saber, mas geral do morro sabia que essa era a casa de prostituição.
Rebeca: Tô nada, só quero tomar meu café na paz, bom dia.- Falou sentando e eu me levantei.
Gomes: Se liga, abusada feia! - Ela gargalhou e eu neguei, saindo dali.- Valeu aí, Fael.
Faelzin: Portas sempre abertas para o dono do morro.- Falou me acompanhando.- Jae, parceiro.
Balancei a cabeça saindo dali e desci andando pra casa, sol estralando na mente e eu cheguei no meu barraco, era bagulho simples mas sempre agradecido por ter um teto!
Gomes: Fazendo o que acordada a essas horas? - Falei invadindo o quarto da Catarina, que tava encolhida na cama.
Catarina: Tô morrendo de dor irmão, papo reto. Tem remédio aí não e nao tinha ninguém pra ir comprar lá.- Falou manhosa.
Gomes: Ue pô, nenhuma das tuas amigas podiam te fazer esse favor não? - Passei a mão na testa dela.
Catarina: Elas tavam no baile.- Eu ri, boba demais que ainda acredita nesse bagulho de ter amizade por ai.
Perguntei o que ela tinha e ela falou que era cólica, como tinha assumido o comando do morro hoje ainda ia me organizar pra tudo, então nem chamei ninguém pra ir comprar. Fui na farmácia lá em baixo e voltei com o motoboy, entreguei o remédio pra ela e me joguei na cama, fui dormir que nem vi o tempo passar.
Rebeca Ferreira, 22 anos. @// debsmtt
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.