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Gomes 🎭

Olhei pra hora no meu relógio e peguei meu celular, estranhei vendo umas 4 chamadas perdidas da Catarina, coloquei a Larissa no carrinho que tava na minha frente e liguei de volta.

Rebeca: Que cara é essa? - Falou voltando com dois sorvetes.

Gomes: Catarina falou contigo? - Me levantei, vendo o número da desligado e peguei o raidinho.

Rebeca: Não, a última vez foi na hora almoço. O que aconteceu? - Falou preocupada.

Eu me afastei falando com os moleques no raidinho e eles falaram que não sabia da Catarina, falaram que ela não saiu de casa desde a hora do almoço, mas o b.o é que Catarina saiu de duas e pouca da tarde, dizendo que ia no shopping, mas pelo visto não foi com nenhum moleque na cola.

Gomes: Bora subir pra casa, bagulho tá ficando quente.- Falei apressando ela e ela nem fez caô, saiu arrastando o carrinho da Larissa enquanto andava rápido e eu tenatava saber da Catarina.

Parei de andar ao escutar o barulho de fogos de artifício e olhei pra trás, pude ver duas motos subindo o morro e Rebeca se encolheu atrás de mim, pegando a Larissa no colo e ficando ao meu lado.

Gomes: Cadê minha irmã? - Falei assim que vi a mocinha parando a moto na minha frente com um sorriso.

Mocinha: Fogos pra anunciar a minha chegada, gostou? - Desceu da moto, jogando o cabelo pro lado e olhou pra Rebeca.- Hm, então essa é a fiel?

Gomes: Cadê a Catarina, Pâmela? - Falei alto, vendo os meus menor se aproximando por trás dela.

Mocinha: Não vi ela hoje, acredita? - Falou debochada e tirou um cordão do bolso.- Só vim te entregar esse cordão, achei no chão, pura doideira.

Olhei pra mão dela aonde tinha um cordão de prata com o nome da Catarina, ela não tirava nunca esse bagulho, tinha sido meu presente de quinze anos e ela cuidava como a vida dela desse bagulho.

Gomes: Cadê a minha irmã? - Voei no pescoço dela fazendo a prata cair e ela sorrir, olhando nos meus olhos.

Mocinha: Vai buscar, lá no meu morro. As oito horas de hoje, tá bom? Mas leva sua mulher e a sua filhinha, ou melhor, a órfãnzinha.

Virei socão no rosto dela na hora, ela se soltou virando o rosto e colocou a mão na boca, tossindo, o menor que tinha vindo com ela de moto desceu puxando ela e ela riu, se soltando dele.

Escutei a Larissa chorando e olhei de lado a Rebeca balançando ela. Mocinha foi embora e me deu a certeza, ela tava querendo dar início a toda briga, o foda é ter a oportunidade fácil de matar ela em dois segundos, mas se eu fizesse isso no momento, a Catarina morria junto na mesma hora, eu conhecia os truques muito bem.

Sequestrar pra ameaçar cara a cara, chamar pra guerra e trapacear de todas as formas. Rebeca saiu subindo pra casa com a Larissa e o carrinho, eu desviei meu caminho e chamei todos os moleques pra uma reunião, precisava organizar tudo, o único objetivo era pegar a Catarina, mas geral sabia que não ia ser fácil e ia começar uma guerra.

Nossa ambiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora