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Rebeca 🌸

Eu tava de cara, puta que pariu! Catarina sentando pro Fael no sofá sagrado que por não esquecer, eu nunca mais sento, foi tudo rápido, só vi o Gomes tirando a arma da cintura e atirando duas vezes no Fael, que caiu no chão, Catarina gritou, eu arregalei os olhos e fui pra frente do Gomes.

Rebeca: Ei, tá bom...- Falei baixo passando a mão por cima da dele que apontava a arma.- Me dá, Gomes.

Gomes: Tu tá maluca, Catarina? - Falou soltando a arma na minha mão e gritou.

Catarina: Meu deus você matou...- Falou com a voz trêmula e eu olhei pro Fael, o tiro tinha sido bem no rosto, eu encarei aquilo e juro que fiquei passada na hora.

Gomes: Eu não acredito que tu fez isso.- Falou puxando ela pelos cabelos.- Eu te pedi, a única coisa que eu te pedi foi que tu não me fizesse de otário e quebrasse a minha confiança, eu te disse que tu podia ficar com quem caralho tu quisesse, mas não chegasse perto do Fael, Catarina.

Ela me olhou, eu desviei o olhar e levantei a cabeça, fui na calada pro quarto e só escutei o choro alto dela, coloquei a arma em cima da bancada e não durou mais de 5 minutos, Gomes logo entrou no quarto virado com cara de ódio.

Rebeca: Quer água? - Falei baixo, olhando pra ele que passou por mim me ignorando.

Gomes: Agora não, jae? - Tentou falar numa boa mas soou seco, ele passou a mão no cabelo e me olhou uns segundos depois.

Rebeca: Tudo bem, relaxa.- Ele balançou a cabeça se trancando no banheiro e eu fiquei sentada na cama, escutei o raidinho dele barulhando e não sabia o que responder a inúmeras vozes, então liguei pro Lx, ele que lutasse pra resolver.

Eu saí do quarto quando escutei vocês lá fora e vi vários menor, perguntaram pelo Gomes e eu falei que tava no banho, mas na real já fazia um bom tempo que ele não falava nada, nem se quer ligou a água. Enfim, vi os meninos tirando o corpo e de relance, vi a Catarina chorando no quarto, meu coração apertou pra ir lá, mas quem avisa amigo é, e isso eu não deixei de ser a ela.

Fui pro quarto quase meia hora depois dos meninos levarem o corpo, o Gomes ainda tava na mesma, fiquei meia assim de falar, mas bati na porta do banheiro e encostei a cabeça.

Rebeca: Tô preocupada.- Falei baixinho e escutei uma risada mais baixa, logo ele destrancou a porta, vi ele sentado no chão com o olho todo vermelho de puro choro, me sentei ao lado dele e beijei sua cabeça.- Tá mais calmo?

Gomes: Qualquer um, Rebeca. Menos ele...- Falou baixo.- Eu falei, quem ela quisesse, falava comigo, a gente conversava numa boa, eu não ia mais prender ela de nada.

Rebeca: Infelizmente a gente opta sempre pelo proibido.- Falei o mínimo, não ia me meter, não ia dar opnião nem nada, já tinha deixado bem claro que sobre isso eu não me metia mais!

Senti ele puxando o nariz e ele deitou nos meus peitos, todo desajeitadozin, mas fofo por parte, fiquei fazendo cafuné nele por um bom tempo, até ele se levantar pra tomar banho, fiquei encostada por ali porque tava com preguiça, até ser obrigada a tomar banho, infelizmente a vida tem esses horrores pra nós que somos do bem.

Nossa ambiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora